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Campanha para diminuir violência contra mulher será inclusiva

1 AGO 2016 • POR Kleber Clajus / Correio do Estado • 15h20
Campanha foi lanada hoje na governadoria. - Valdemir Rezende

No ano em que completa dez anos, a Lei Maria da Penha terá reforço de ações preventivas e educativas em Mato Grosso do Sul. Trata-se da campanha Agosto Lilás, iniciada hoje, com apresentação de cartilhas em guarani, terena, libras e braile. O objetivo consiste em incentivar denúncias e reduzir o número de feminicídios.

“Queremos fazer com que o Estado inteiro pense e viva a Lei Maria da Penha. A campanha é basicamente digital, feita em parceria”, pontuou a sub-secretária de Políticas Públicas para as Mulheres, Luciana Azambuja.

Durante todo mês serão realizadas palestras em escolas, universidades, presídios, além de panfletagem e blitze com apoio de policiais militares e rodoviários federais. Cartilhas foram adaptadas para deficientes visuais, auditivos e indígenas, com tradução para o guarani e terena.

Em média, são registrados todos os meses 1,5 mil boletins de ocorrência por violência doméstica no Estado. Dezessete mulheres morreram, desde o início do ano, enquanto outras vinte e quatro sofreram tentativa de homicídio. Somente nesse fim de semana, duas mulheres morreram.

Fortalecer a consciência coletiva e engajar a sociedade, conforme o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), são estratégias de reforço as ações de proteção a mulher realizadas pelo poder público. Já o vice-presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS), Paschoal Carmello Leandro, ressaltou necessidade de se conhecer a Lei Maria da Penha, que veio para dignidade e segurança.

Central de Atendimento à Mulher recebe, pelo telefone 180, denúncias de violência e orienta mulheres sobre como se proteger contra seu agressor. O atendimento funciona 24 horas. Em Campo Grande, também é possível se recorrer a Casa da Mulher Brasileira na Rua Brasília, s/n, no Jardim Imá.