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Acordo inédito converte 2 milhões de dólares apreendidos em ações sociais

15 JUL 2016 • POR G1 • 09h13
Dólares foram apreendidos no último sábado (9), em Corumbá. - Divulgação

O valor milionário de US$ 2,4 milhões apreendido pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Corumbá na fronteira com a Bolívia em Mato Grosso do Sul será destinado para ações sociais. A informação foi divulgada pelo Ministério Público Federal (MPF) nesta quinta-feira (14). Segundo o órgão, o dinheiro foi liberado após acordo inédito feito durante audiência de custódia na terça-feira (12).

O dinheiro estava sendo transportado por um casal de paulistas que seguia viagem em um ônibus intermunicipal com destino à fronteira com a Bolívia. Durante o flagrante, no sábado (9), a mulher confessou que foi contrata para levar o dinheiro para o país vizinho, mas não revelou a origem do dinheiro. Ela ainda disse para a polícia que trouxe o dinheiro de São Paulo para Campo Grande em um carro particular, que foi deixado na rodoviária da capital sul-mato-grossense.

Ela e o homem que a acompanhava foram presos e apresentados ao juiz durante a audiência de custódia, onde o magistrado define pela manutenção ou não da prisão.

Segundo o MPF, durante a audiência os réus renunciaram ao dinheiro apreendido e também abriram mão do carro usado no trajeto de São Paulo para Campo Grande em troca da suspensão do processo por dois anos.

Por conta do acordo, o MPF conseguiu resolver o caso e liberar o montante apreendido em dois dias úteis. O dinheiro será empregado em finalidades sociais e públicas, conforme a Resoulção nº 154/2012 do Conselho Nacional de Justiça, segundo o procurador da República Sílvio Pettengill.

Para firmar o acordo, os réus também aceitaram a proibição de ingressas na região de fronteira, de se ausentar da cidade onde moram por mais de sete dias sem aviso prévio e devem comparecer a cada três meses na secretaria da Vara Federal para justificar suas atividades, além de não serem acusados de outro crime.

Em caso de descumprimento do acordo, o processo será retomado contra os réus. Ainda conforme o MPF, a suspensão do processo não afeta a investigação em curso sobre a suspeita de lavagem de dinheiro e nem o inquérito da Polícia Federal que apura a origem do valor.