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Os quatro ouvidos na PF por conta da Operação Quijarro são empresários de Corumbá

30 JUN 2016 • POR Gesiane Medeiros • 09h02

Sobre as pessoas conduzidas a prestar esclarecimentos na Delegacia da Policia Federal de Corumbá, ontem (29), por conta da Operação Quijarro, que investiga a organização criminosa atuante em três estados brasileiros, responsáveis por abastecer o mercado de drogas no país, o Capital do Pantanal obteve informações de que as quatro conduções coercitivas realizadas, são de moradores de Corumbá, empresários com posses e de grande poder no comércio do município.  

O Delegado de Polícia, Ricardo Rodrigues, afirmou que não pode liberar mais informações por se tratar de uma investigação da corporação de Londrina (PR), mas esclareceu que os quatro foram ouvidos e liberados, já que por enquanto o que se tem, são apenas suspeitas. A linha de investigação seguida pela PF é de que os quatro prestam suporte para a quadrilha na cidade, com apoio na logística, transporte e demais necessidades regionais.

O delegado afirma que os documentos obtidos ontem, durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão, serão investigados, e os quatro empresários de Corumbá, podem ser presos caso algum indício seja encontrado.

A Polícia Federal de Corumbá presta suporte a investigação da Corporação de Londrina (PR), coordenadora da Operação. Foto: Arquivo CDP 

A organização criminosa atuante em São Paulo (SP), Paraná (PR) e Mato Grosso do Sul (MS), gerenciava grande esquema de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro no país. As drogas saiam da Bolívia e passavam por Corumbá, de onde seguiam para os destinos escondidas em fundos falsos e peças de um dos caminhões da frota criminosa.

Durante as investigações iniciadas em no começo do ano passado, mais de três toneladas de cocaína e 10 milhões de dólares foram apreendidas. Os envolvidos no esquema responderão por crime de tráfico internacional de drogas, lavagem de dinheiro, falsificação de documentos, roubo, furto entre outros crimes, podendo somar até 20 anos de prisão.