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Grupo alimenta onça na beira do Rio Aquidauana, no Pantanal

30 MAI 2016 • POR Campo Grande News • 14h03
Grupo de pescadores alimentou uma onça às margens do Rio Aquidauana, na região do Passo do Lontra, na última sexta-feira (28) e filmou o animal, uma prática reprovada pela PMA (Polícia Militar Ambiental) que alerta sobre a possibilidade de o animal mudar atacar. Os turistas contam que não imaginavam a interferência da atitude no meio ambiente e que jogaram partes de piranha às margens do rio porque queriam visualizar o animal. No grupo estava o vereador de Anastácio, Robson Pertile. “É uma situação que acredito que 90% das pessoas desconhecem, os piloteiros contam que o animal já está acostumado, muita gente vai ao local só para ver essa onça. Quem não quer ver uma onça de perto?”. Um advogado de 30 anos, que mora em Campo Grande e pediu para não ser identificado, também estava no grupo e alegou que não sabia do impacto que jogar alimentos ao animal poderia causar. “Inclusive nos informamos antes em um posto da PMA , não recomendaram, mas disseram que se jogasse algo era importante usar uma luva para o animal não sentir cheiro de humano”. Major da PMA, Edmilson Queiroz, explica que o vídeo está com o destacamento de Aquidauana e que, embora não haja uma proibição explícita sobre alimentação de animais silvestres e punição específica, é discutível no campo jurídico o enquadramento de casos assim como alteração do criadouro natural do animal. O mais importante, afirma, é conscientizar as pessoas de que causa um sério problema ao meio ambiente porque altera o comportamento do animal. “Ele começa a relacionar a população humana com alimentos disponíveis e pode acontecer de a pessoa estar em um barco, sem se atentar e ser atacada, o que não costuma acontecer já que os animais só costumam atacar em situações como quando há filhotes ou falta de alimentos por desequilíbrio ambiental. Ele cita como exemplo casos repetidos de ataques no pantanal mato-grossense, em Cáceres, que são relacionados à ceva, ou seja, prática de alimentação dos animais, por pescadores da região.