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Longen lança Programa de Logística Reversa do Senai e assina com Semade decreto de análise das propostas

18 MAI 2016 • POR Redação • 05h44
[caption id="attachment_516645" align="alignleft" width="300"] O termo foi assinado nesta terça-feira (17), em Campo Grande. Foto: Divulgação/Fiems[/caption] Com foco no atendimento das empresas na adequação à Política Nacional de Resíduos Sólidos, instituída pela Lei Federal nº 12.305/2010, o presidente da Fiems, Sérgio Longen, lançou, nesta terça-feira (17/05), no Edifício Casa da Indústria, em Campo Grande (MS), o PSLR (Programa Senai de Logística Reversa), que vai elaborar os planos de logística reversa para as indústrias sul-mato-grossenses, e assinou com o secretário estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico, Jaime Verruck, a Resolução da Semade (Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico) nº 33, de 17 de maio de 2016, que estabelece as diretrizes e procedimentos para análise e aprovação das propostas dos sistemas de logística reversa. Sérgio Longen ressalta que o Programa do Senai nada mais é do que a adequação das empresas à lei federal. “É uma demanda do setor industrial e Fiems tem procurado atuar na gestão socioambiental com as empresas. Agora, com esse Programa, vamos ampliar as nossas ações para que também consigamos melhorar os processos produtivos e ter uma condição de competitividade, pois os empresários industriais estão preocupados com o gerenciamento ambiental”, afirmou, lembrando que o lançamento faz parte da programação de “Maio – Mês da Indústria”. O secretário estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico, Jaime Verruck, ressaltou que a assinatura da Resolução e o desenvolvimento do Programa com o Senai são um marco importante para a indústria do Estado e que vai exigir uma grande adaptação das empresas. “As empresas têm que fazer a adesão porque depois elas terão um ano para apresentar um plano de logística reversa e o Senai criou essa estrutura para apoiá-las e poder atender a legislação prevista”, falou, completando que não é fácil quando se fala em destinação porque você precisa de um local adequado e o Estado tem uma série de resíduos, mas ainda não tem aterros industriais para recebê-los. “Por isso, cabe fazer uma política de desenvolvimento desses aterros. É um ganho para as empresas fazer o reaproveitamento porque pode virar insumo para alguém”, pontuou. O diretor-regional do Senai, Jesner Escandolhero, destacou que o Programa está voltado para a elaboração de projetos setoriais, de modo que indústrias que tem a mesma natureza e que produzem produtos similares possam ser apoiadas na implantação do projeto, garantindo o retorno do resíduo de cada produto produzido após o seu ciclo de vida útil. “Isso envolve responsabilidade compartilhada, desde a produção, que são as indústrias, até a distribuição, ou seja, o comércio e, por fim, quem consome”, pontuou. Já o diretor-técnico do Senai, Gilberto Evídio Schaedler, fez a apresentação do Programa e elencou os desafios da logística reversa, como o estabelecimento de mecanismos eficientes para trazer de volta os resíduos pós-consumo, integrar resíduos pós-consumo em novas cadeias produtivas, realizar o desenvolvimento de produtos e embalagens ambientalmente corretos e diminuir o consumo de matéria-prima e insumos. “O Programa auxilia no cumprimento da legislação de forma organizada e planejada, oferece maior visibilidade socioambiental, também favorece a geração de empregos e novas oportunidades de negócios”, argumentou. O presidente do Coema (Conselho Temático Permanente de Meio Ambiente) da Fiems, Isaías Bernardini, lembrou que foi em maio do ano passado, durante uma reunião nacional de Coemas de todo o Brasil, que surgiu a ideia de estruturar o Programa. “Foi quando o Coema do Paraná apresentou o programa de logística reversa que feito na região e, a partir daí, nós estruturamos com a equipe técnica do Senai e do governo. É um programa de um alcance enorme e tem tudo para ter sucesso, porque as empresas todas estão sensibilizadas, até porque temos um trabalho de educação ambiental que já vem sendo feito em paralelo”, comentou. Adesão Ao todo, 11 sindicatos industriais assinaram o termo de adesão ao Programa do Senai durante o evento: Sicadems, Sindepan/MS, Sindivest/MS, Silems, Sindimad/MS, Simemae, Sindigraf/MS, Sinduscon/MS, Sindical/MS, Sindiplast/MS e Sindal/MS. O presidente do Sindigraf/MS (Sindicato das Indústrias Gráficas do Estado), Julião Gaúna, considera fundamental que todos os empresários se atenham à essa demanda. “Tanto na questão da indústria como na questão social, onde ela se instala, é muito importante que a indústria se insira junto a sociedade e veja quais são as necessidades para não interferir nesse ambiente”, disse. Na avaliação do presidente do Sinduscon/MS (Sindicato Intermunicipal das Indústrias da Construção do Estado), Amarildo Melo, as empresas têm o compromisso com a sociedade de entregar um produto completo, obedecendo às leis e determinações já existentes. “Porque já existe lei, determinações a serem cumpridas, e essas determinações não tem sido cumpridas, até mesmo pelo poder público. Como por exemplo, ter os locais adequados, isso é uma política da sociedade como um todo. Tem que fazer da forma correta, para que isso tenha os resultados que nós esperamos, para que isso gere trabalho, gere renda, gere reaproveitamento do material e principalmente a conscientização”, declarou. O presidente do Sindimad/MS (Sindicato Intermunicipal das Indústrias de Móveis em Geral, Marcenarias, Carpintarias, Serrarias, Tanoarias, Madeiras Compensadas e Laminadas, Aglomerados e Chapas de Fibras de Madeiras, de Cortinados e Estofados de Mato Grosso do Sul), Juarez Falcão, também assinou o termo de adesão e salienta a importância do conhecimento e inovação. “A questão ambiental é uma preocupação de todos e, hoje cada vez mais, além da sociedade cobrar, nós temos que fazer a nossa parte”, afirmou.