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Desesperada com disparos, população não engole versão da PM sobre treinamento na Brinks

10 MAI 2016 • POR Sylma Lima • 08h33
[caption id="attachment_516262" align="aligncenter" width="900"] Projetis deixados no local e perfurações em construção levantam dúvidas. Foto: Reprodução/Facebook[/caption] A noite desta sexta-feira (9) foi de desespero para moradores da Rua Porto Carreiro e proximidades, acontece que por volta das 20h os residentes e transeuntes da região, ouviram por um bom tempo diversos disparos vindos da empresa de transporte de valores Brinks. Segundo a Polícia Militar, se tratava de um treinamento, porém a população não engoliu a explicação e esparrou pela rede social diversas fotos, vídeos e comentários de alerta, para que as pessoas evitassem passar pela área. Segundo apurações do Capital do Pantanal, com fontes extra oficiais e seguras, o motivo dos disparos seria um assalto, onde inclusive um policial terminou ferido. Ainda segundo as fontes, os dois bandidos que realizaram o assalto, são de fora da cidade e conseguiram levar montante em dinheiro. [caption id="attachment_516267" align="aligncenter" width="600"] Além do pouso de dois jatos ontem à noite, o Aeroporto da cidade, também recebeu viaturas inclusive da Polícia Federal. Foto: Enviada por leitor[/caption] Para os internautas, os indícios de que algo muito sério aconteceu na empresa de transporte ontem à noite são muitos. E de fato, os questionamentos são no mínimo razoáveis. Uma simulação desse nível, não deveria ser devidamente comunicada com antecedência a população? Além de ter a área isolada? Outra indicativa é quanto a movimentação policial na cidade, diversas viaturas inclusive da Polícia Civil passaram em alta velocidade pelas ruas, aparentando estarem realmente preocupados com o ocorrido. Os projetis utilizados no suposto treinamento são de grosso calibre, em uma simulação não deveria-se usar os de festim? Capsulas deixadas no local e perfurações em construção levantam ainda mais questionamentos; além de tudo isso, dois jatos pousaram no aeroporto de Corumbá ontem à noite, por volta das 22h30, horário em que a pista não recebe aeronaves comerciais. Jéssica Selasco, assim como vários outros internautas, postou através da rede social, sua desconfiança quanto a versão da Polícia Militar.     [caption id="attachment_516304" align="aligncenter" width="900"] A empresa Brinks, amanheceu com fachada repleta de perfurações. Foto: Gesiane Medeiros/CDP[/caption] O que diz a Polícia Militar Em resposta oficial sobre o assunto, Major Katiane da Polícia Militar, atendeu ao Capital do Pantanal e esclareceu que, o ocorrido ontem à noite, foi sim um treinamento realizado pela própria empresa de Transporte de Valores da cidade, e não pela PM, que apenas foi informada sobre a realização do mesmo, porém falhas na comunicação deixaram consequências que serão estudas para o aprimoramento da eficiência e ação da Polícia Militar de Corumbá. [caption id="attachment_516305" align="alignleft" width="300"] Foto: Gesiane Medeiros/CDP[/caption] “Houveram sim falhas, não se tinha previsão de disparos reais, que pode inclusive ter sido realizado por impulso de algum militar, mas tudo isso está sendo reunido para a realização de um estudo de caso completo e real. O treinamento não contava com a participação ativa da Polícia Militar, exceto no tempo de resposta”, afirma a Major que ainda ressalta que, um dos objetivos em não informar os Policiais de ronda, era justamente medir o tempo de resposta da PM em casos como estes, comuns nas cidades. “Na cadeia de comunicação da PM também houveram falhas, assim como na própria empresa. Não foi um caso real, não adianta a população dizer que estamos escondendo algo. Os prejuízos serão estudados e haverá um reflexo em aprimoramento para os órgãos envolvidos”, afirma a Major. A empresa de transporte de segurança, Brinks, foi procurada para esclarecimentos, mas até o fechamento desta matéria, o site não obteve resposta.