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Taxistas protestam contra regulamentação de aplicativos em SP

27 ABR 2016 • POR G1 • 16h20
Taxistas bloqueavam o Viaduto Jacareí, no Centro de São Paulo, desde a manhã desta quarta-feira (27). O grupo protesta contra projeto de lei que deve regulamentar aplicativos de caronas e compartilhamento de carros, como o Uber. Desde as 6h30, havia manifestantes em frente à Câmara Municipal e, às 12h30, outros motoristas ainda se concentravam na Praça Charles Miller antes de participar do ato. Às 15h havia centenas de manifestantes em frente ao prédio do Legislativo paulistano. Eles soltavam fogos, tocavam buzinas e cantavam refrões contra o projeto enquanto aguardavam o início da votação. O policiamento estava reforçado na região e os portões estavam fechados. Os motoristas devem evitar o entorno da Câmara no início da tarde. O trânsito estava congestionado e a CET realizava os desvios. Quem saía da Avenida São Luís era desviado para as ruas Xavier de Toledo ou Consolação, já que a passagem para o Viaduto Nove de Julho estava bloqueada. Está marcada para as 15h desta quarta a votação em segunda discussão do projeto de lei 421/2015, que pode regulamentar os aplicativos de caronas e compartilhamento de carros em São Paulo. O texto final deve estabelecer que os motoristas da Uber e de outros aplicativos tenham de obter autorização e comprar créditos da Prefeitura para trabalhar. Dois artigos preveem pagamento de preço público para exploração de serviços. O projeto já foi aprovado em 1ª votação em plenário em dezembro do ano passado e passou por duas audiências públicas, em que houve confusão. Autor do projeto, o vereador Police Neto  (PSD) disse que  o parlamento tem a responsabilidade e talvez até obrigação de estabelecer as regras para proteger o usuário, garantir segurança, garantir que esses créditos que o Executivo ofereceu como alternativa regulem número de passageiros por carro. O vereador Adilson Amadeu (PTB), um dos representantes dos taxistas, disse aos representantes da Uber para comparecer à Câmara neste dia 27, quando deve ocorrer a votação final do projeto, com "um time bom". " O jogo é bom, o jogo é 90 minutos. Quem vai bater o pênalti final é o taxista, porque ele tem o direito, não os senhores."