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Operação de Guerra da Marinha surpreende população de Ladário

27 ABR 2016 • POR Gesiane Medeiros • 10h22
[caption id="attachment_515650" align="aligncenter" width="900"] A simulação de guerra aconteceu pelas ruas do centro de Ladário. Foto: Thetis Ibanez/CDP[/caption] Uma simulação de retomada de região foi realizada na manhã de hoje (27) por 130 militares da Marinha, entre eles, alunos, instrutores e figurativos. O exercício de conclusão do Curso de Especialização de Guerra Anfíbia, que teve início na última segunda-feira (25) aconteceu às 6 horas da manhã com o desembarque dos militares no Porto de Ladário. A população foi surpreendida com uma grande simulação de operação de guerra que percorreu as ruas do centro da cidade e terminou na Igreja Nossa Senhora dos Remédios. Os militares dispararam tiros de borracha e simularam invasões em territórios com grande veracidade. Entre as autoridades que prestigiaram o exercício de simulação de guerra estavam o Contra-Almirante do 6° Distrito Naval de Ladário, Petrônio Augusto de Aguiar; o Contra-Almirante Fuzileiro Naval Rodrigues e o Diretor do Curso de Instrução Almirante Sylvio de Camargo (CIASC). [caption id="attachment_515651" align="alignleft" width="400"] Instrutor demostra funcionalidade do equipamento. Foto: Thetis Ibanez/CDP[/caption] Equipamento de alta tecnologia para treinamento de guerra foi utilizado durante a simulação, a tecnologia simula o mais próximo possível da realidade. Com o novo equipamento, é possível saber se o disparo realizado ocasionaria morte ou ferimento no inimigo. Cada soldado é equipado com um colete (PDD) e um disparador de laser que fica na ponta da arma, este atinge o sensor do colete, e passa o resultado do tiro, em qual parte do corpo o "inimigo" foi ferido ou se resultou em morte. O coordenador do Curso de Guerra Anfíbia, Capitão-Tenente Fuzileiro Naval Danilo, explica que “o curso ocorre em alguns ambientes operacionais do Brasil, e que visa complementar o treinamento dos Tenentes e Guardas Marinhos, um dos ambientes é o ribeirinho, por isso viemos para o Pantanal. O aluno recebe toda a capacitação técnica para trabalhar nesta região”. Entre os alunos de Oficiais de Fuzileiros Navais, uma representante do sexo feminino chama a atenção, a 2° Tenente Auxiliar Fuzileiro Naval Débora, passou por um processo seletivo, hoje faz parte do Corpo de Fuzileiros Navais da Marinha, e completa o curso para comandar um pelotão de aproximadamente 40 Fuzileiros, sem nenhuma diferenciação de gênero. [caption id="attachment_515652" align="aligncenter" width="900"] A 2° Tenente Auxiliar Débora é a única mulher aluna para comandar pelotão do de Fuzileiros Navais da Marinha. Foto: Thetis Ibanez/CDP[/caption] Para 2° Tenente Débora, a Marinha é pioneira em admitir mulheres, “a primeira turma de mulheres militares foi 1981, logo após os fuzileiros admitiram em 2001 e em 2015 tivemos a primeira turma de Fuzileiros Navais. Lembrou que junto com ela havia mais uma mulher para oficial, porém não continuou. “O curso é bem difícil, digo que não foi o curso que se adaptou a mim, eu tive que me adaptei ao treinamento. Os companheiros me incentivam bastante, existem situações particulares femininas que devem ser vencidas no dia-a-dia”. Débora afirma que mesmo em um ambiente predominantemente masculino sua feminilidade é mantida. Entre os conselhos para as mulheres que desejam ingressar na vida militar, Débora aponta “primeiro de tudo, o estudo, seguido do psicológico estruturado e confiança em Deus, que é o que me sustenta aqui, o apoio da família também é muito importante”, ressalta a 2° Tenente. [caption id="attachment_515653" align="alignleft" width="300"] Contra-Almirante Petrônio mostrou satisfação em receber o curso na região do 6° Distrito Naval. Foto: Thetis Ibanez/CDP[/caption] Para o Contra-Almirante Petrônio, “é muito prazeroso para o 6° Distrito Naval poder apoiar logisticamente os 70 alunos e 25 instrutores de um curso extremamente importante para a região e para o país, porque o Pantanal possui características peculiares e é de uma importância estratégica fundamental”. Para o Guarda Marinha Luiz Porto, “o curso de especialização em Guerra Anfíbia é um dos mais importantes na Marinha, somos testados psicologicamente, fisicamente e tecnicamente, simulando a realidade do combate no Pantanal. Além de tudo enfrentamos as particularidades do ambiente como mudança climática repentina”.       [gallery ids="515654,515655,515656,515657,515658,515659"]