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Líder de movimento contra Dilma em Corumbá, acredita que “impeachment é fato consolidado”

18 ABR 2016 • POR Gesiane Medeiros • 11h30
[caption id="attachment_513150" align="aligncenter" width="900"] Elano Holanda, um dos líderes do movimento pró impeachment, comentou sobre a vitória histórica no Congresso. Foto: Gesiane Medeiros/CDP[/caption] O fato histórico de cassação a presidente Dilma Rousseff, movimentou todo o país durante todo este domingo (17), ocupando horários nobres na televisão brasileira, a votação na Câmara dos Deputados, em Brasília, foi transmitida ao vivo e na íntegra. No final, o impeachment ganhou de “lavada” com 367 votos a favor, enquanto os os contra somaram apenas 137. Em Corumbá, o ainda pequeno movimento popular contra a atual política do Brasil, celebra com satisfação o resultado positivo ao pedido do povo. O grupo líder do movimento em Corumbá, possui possui pelo menos 15 pessoas empenhadas em resgatar a consciência cidadã dos corumbaenses por um Brasil com “ordem e progresso”. Somente este ano, o grupo mobilizou cinco passeatas na cidade, a última, de maior representatividade, no dia 13 de março, levou 800 pessoas em média, para as principais ruas de Corumbá e aconteceu em concomitância com a mobilização nacional “Vem pra rua”, onde registros do movimento, apontam que 6 milhões de pessoas pediram a queda da atual presidência do país. Elano Holanda, um dos líderes do movimento em Corumbá, cedeu entrevista ao Capital do Pantanal, e comentou sobre a vitória do povo contra o atual governo. CDP: O que significa a aprovação do processo de impeachment para quem está envolvido diretamente na luta contra a corrupção no Brasil? Elano Holanda: O momento é histórico, e cada cidadão tem que pensar como participe, nada vai mudar se a população não participar. Ouvimos de diversas pessoas, que não participariam da mobilização porque não tinha ônibus disponível. Essa mobilização nacional é o começo para resgatar a construção cidadã no país, porque está longe de chegarmos onde queremos, o impeachment é só o começo, o governo que vai assumir após a saída da Dilma também não é o que o país necessita. A população tem que continuar vigilante, o povo foi pra rua e obteve a vitória. O grande passo agora seria unirmos as eleições, e esse ano já trocar todo o comando do Brasil junto com as eleições de prefeito e governador. A partir disso termos mandatos que durem seis anos, vejo o mandato de quatro em quatro anos, muito curto. CDP: Qual a expectativa para o próximo passo no Senado? EH: Não existe clima no Brasil, para que as coisas permaneçam como estão, o impeachment pra mim é algo concretizado, é questão apenas de concretizar as próximas etapas, não vejo a recusa como uma possibilidade, foram seis milhões de pessoas na rua pedindo por isso, em Corumbá continuaremos com a mesma motivação. Defendemos um país com ordem e justiça sem corrupção, e esse governo que está no comando, não se encaixa nessas exigências, nem Dilma, nem Cunha. É necessário um saneamento global. CDP: O que você acredita que vai mudar no país após o impeachment da presidente, se consolidado? EH: Observa-se que o movimento “Vem pra rua” não possui uma liderança política, é uma mobilização popular, quem não estiver sintonizado com a vontade do povo, de acabar com a roubalheira no país, não vai conseguir se sustentar, eu acredito que a população brasileira está muito mais consciente e atenta. Preferimos não fazer movimentação ontem, porque não vemos o caso como ganhar ou perder, o Brasil está destruído com essa administração, a questão é retomar a governabilidade. A força consciente da população está sendo despertada. CDP: Você acredita que a delação premiada de Delcídio do Amaral foi peça fundamental para o ganho do impeachment? EH: O Delcídio quando fez as colocações, tinha propriedade para fazê-las, tinha autoridade enquanto participante, apresentou sustentação e provas, sem dúvidas o processo se fortaleceu com os depoimentos do senador.