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Oficina alerta sobre a Anemia Falciforme

11 ABR 2016 • POR Gesiane Medeiros • 16h47
[caption id="attachment_514861" align="aligncenter" width="900"] Pessoas nascidas antes de 2001 devem fazer o exame. Foto: Gesiane Medeiros/CDP[/caption] A partir de hoje (11) até a próxima quinta-feira (14), acontece em Corumbá rodas de conversa e oficinas sobre uma doença pouco conhecida, porém perigosa, a Anemia Falciforme. A discussão é sobre a doença e a participação social para avançar na equidade e atenção a saúde da população negra do estado de MS. Levantamento do curso de doutorado em Saúde e Desenvolvimento na Região Centro-Oeste da UFMS, registrou 70 casos da doença no Estado, segundo doutoranda e palestrante, Berenice Assumpção Kikuchi, o número pode ser ainda maior, porém ainda é desconhecido. Em Corumbá o evento acontece através de uma pareceria da Associação Corumbaense das Pessoas com Doença Falciforme e Outras Hemoglobinopatias (ACODFAL) e a Associação de Anemia Falciforme do Estado de São Paulo (AAFESP). A prefeitura Municipal de Corumbá também apoia a iniciativa através da Secretaria Municipal de Saúde e de Assistência Social e Cidadania. Berenice Assumpção, palestrante da oficina “Anemia Falciforme – Participação Social e Políticas Públicas”, explica que em Mato Grosso do Sul, “existe uma taxa elevada de traços, considerado como assintomático, a região onde houve imigração de pessoas com o gene doente, há presença da doença, e atualmente trabalhamos no mapeamento dessas regiões. A partir de 2001, o exame foi implantado no teste do pezinho, por isso é ideal que os nascidos antes dessa determinação, façam o exame para verificar a presença da doença”. Berenice ressalta ainda que, apesar da doença ser geneticamente dos negros, a miscigenação das raças no país, possibilita a presença do gene em pessoas com qualquer cor de pele. A palestrante explica que crianças com Anemia Falciforme, “apresentam  choro continuo, e dores articulares a partir do sexto mês, mais para frente pode desenvolver uma anemia crônica e uma forte tendência a infecções”. Davi Vital, presidente da ACODFAL, explica que a associação trabalha na assistência as pessoas e famílias que possuem a doença, “atuamos principalmente no esclarecimento de dúvidas, assim como nos encaminhamentos médicos e suporte social, através da secretaria de Assistência Social do Município”. [caption id="attachment_514862" align="aligncenter" width="900"] Berenice Assumpção esclareceu dúvidas e falou sobre Participação e Políticas Públicas. Foto: Gesiane Medeiros/CDP[/caption] O que é a Anemia Falciforme O sangue é composto por células, arredondadas e flexíveis o suficiente para passarem pelos vasos sanguíneos do corpo. Todas as pessoas recebem de seus pais a hemoglobina, chamada (A), como recebe uma parte da mãe e outra do pai, cada pessoa é geneticamente (AA). A anomalia ocorre quando o pai ou a mãe doa uma hemoglobina (S), se tornando assim uma pessoa (SS), com Anemia Falciforme. O glóbulo vermelho com hemoglobina (S), possui um formato de meia lua ou foice, por isso o nome da doença. Por conta desse formato, a célula tem dificuldade para passar pelos vasos sanguíneos, podendo inclusive amontoar-se umas sobre as outras, atrapalhando a circulação. Principais Sinais e Sintomas - Anemia crônica, por destruição antecipada dos glóbulos vermelhos; - Crises dolorosas: dores nos ossos, músculos, articulações associadas ou não a infecções, exposições ao frio, desidratação, esforços físicos, entre outros; - Palidez, cansaço fácil, icterícia (cor amarelada visível, sobretudo, no branco dos olhos); - Úlceras (feridas, em especialmente nas pernas); - Nas crianças, pode haver inchaço nas mãos e pés muito dolorosos; - Pode ocorrer, também, sequestro de sangue no baço, causando uma palidez muito grande. Às vezes, desmaios e aumento do baço (é uma emergência); - Maior tendência a infecções de repetição. Cuidados Básicos - Crise dolorosas sempre requer orientação médica; - As crises leves poderão ser tratadas em casa com bastante líquido, remédios para dor e repouso, após avaliação médica; - Em caso de febre: procure assistência médica o mais rápido possível para tratar a infecção; - Em caso de palidez em criança: emergência, procure o Pronto Socorre mais próximo. Programação 11/4: Casa da Cidadania às 19 horas Roda de conversa - Conquistas e Retrocessos na Atenção à Saúde da População Negra 12/4: Sindicato Rural às 8 horas Oficina - Anemia Falciforme - Participação Social e Políticas Públicas 13/4: Campus Pantanal UFMS às 8 horas Roda de Conversa - O quesito Raça Cor - Como norteador de políticas públicas de equidade 13/4: Campus Pantanal UFMS às 10h30 De crianças a adulta com Anemia Falciforme: Superando obstáculos na reinserção social positiva Exposição dialogada com vídeo-fotografia - AAFESP 14/4: Campus Pantanal - UFMS às 8 horas Roda de conversa com gestores e público interessado em influenciar na implantação da Lei 2079/2001 MS em consonância com a Portaria GM/MS n° 1.391/2005 14/4: Campus Pantanal - UFMS às 10h30  Sugestão e propostas para avançar na equidade por meio de gestão compartilhada e encaminhamentos