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Eleições municipais deste ano animam indústria gráfica de MS

4 ABR 2016 • POR Assessoria • 10h36
Depois de um início de ano de queda, tanto na produção, quanto nas vendas, as indústrias gráficas de Mato Grosso do Sul esperam que as eleições municipais deste ano possam dar um fôlego nas já combalidas finanças do segmento. De acordo com o presidente do Sindigraf/MS (Sindicato das Indústrias Gráficas de Mato Grosso do Sul) e Abigraf/MS (Associação Brasileira da Indústria Gráfica no Estado), Julião Flaves Gaúna, as divulgações dos candidatos por meio de produtos gráficos devem aumentar consideravelmente neste ano devido a crescente rejeição dos políticos de uma forma geral. “Os pleitos para os cargos de prefeitos e vereadores dos 79 municípios do Estado aumentaram a possibilidade de as indústrias gráficas do Estado fazerem bons negócios em decorrência da necessidade de os políticos terem de amenizar a imagem negativa para se obter votos. Com a perda de credibilidade devido aos últimos acontecimentos, vender esse produto que é o político se tornou muito complicado e, portanto, quem for candidato terá de investir pesado na divulgação, principalmente, com produtos impressos, como folders, praguinhas (adesivos de papel) e outros tipos de materiais de propaganda eleitoral”, detalhou Julião Gaúna. Ele acrescenta que, caso se confirme essa projeção, será possível minimizar as perdas de faturamento registradas pelas indústrias gráficas sul-mato-grossenses desde 2014. “Neste momento de grandes dificuldades que o segmento passa, graças à gana arrecadadora dos governos federal, estadual e municipal, as eleições municipais podem ser a luz no fim do túnel para nós empresários. Esperamos que os gastos com a campanha, em especial, com os produtos impressos sejam ampliados para que possamos reverter a situação financeira atual”, explicou. Crise O presidente do Sindigraf/MS e Abigraf/MS também aproveita para criticar a atual carga tributária que recai sobre o segmento. “Com a previsão de fecharmos o 3º trimestre deste ano com mais de 134 mil desempregados no Estado, O Governo precisa agir de forma rápida para reverter esse quadro e os impostos precisam diminuir para que o custo de operação também caia. O setor produtivo não pode pagar sozinho a conta dessa crise, que é fruto da falta de gestão pública. A cada dia que passa, a competitividade dos nossos produtos diminui, impossibilitando que possamos enfrentar de igual para igual com outros mercados”, analisou. Julião Gaúna cobra uma solução mais rápida para o imbróglio político-partidário que está acabando com a confiança do Brasil nos mercados externos. “Os nossos representantes políticos têm de pensar no coletivo e não no individual como sempre fizeram. A massa produtiva deste país precisa acompanhar e pressionar para que seja encontrada uma solução para que o caos não se enraíze ainda mais”, destacou, completando que ainda é possível encontrar uma solução para o atual entrave econômico e financeiro nacional. “As investigações que estão em curso precisam cumprir com o papel de levar os responsáveis por toda essa corrupção para a cadeia e, assim, os brasileiros voltarão a acreditar no Brasil”, finalizou.