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Estado ganha liminar de reintegração de posse no bairro Maria Leite

31 MAR 2016 • POR Sylma Lima • 16h03
[caption id="attachment_514240" align="alignleft" width="300"] A decisão é do juizado da Vara da Fazenda Pública e de Registros Públicos. Foto: Leandro Oliveira[/caption] A juíza Luiza Vieira Sá de Figueiredo concedeu liminar favorável a reintegração de posse proposta pelo Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, contra cerca de 500 pessoas que invadiram um terreno de aproximadamente 60 hc , no bairro Maria Leite, às margens da BR 262, há dois meses. A ação foi protocolada pelo procurador do Estado Jose Luiz Amorim, na última sexta-feira, 25 de Março, e deferida na tarde desta quarta-feira, 30. Segundo Amorim, “já estão mobilizando as forças policiais para fazer a evacuação da área” . Ele acredita que os “sem tetos” não vão protelar, mas caso haja resistência, " a justiça vai ter que ser cumprida rigorosamente” . A juíza concedeu ao réu Geraldo Pereira de Oliveira o prazo de 15 dias para defesa. Há dois meses um homem conhecido por Seo Geraldo,  e uma mulher invadiram a área e começaram a lotear por R$ 20,00 os terrenos. A situação ganhou cunho policial uma vez que a dupla começou a brigar pelo dinheiro arrecadado, cerca de R$ 20 mil. Caso os oficiais de justiça não atendam ao pedido de reintegração de posse ainda hoje, segundo o procurador, “não passa de amanhã” . A área pertence somente ao governo do Estado e não ao grupo Chamma como haviam anunciado. Entenda o caso [caption id="attachment_514241" align="alignright" width="300"] Maria é acusada de invasão de terras.[/caption] Uma ambulante, que se diz liderança de sem  terra, invadiu uma área do Governo do Estado e  vendeu 500 lotes de 10×20 a famílias carentes. A invasão começou há dois meses  e até então quem estava a afrente do “ negocio” era um homem conhecido como Seo Geraldo. Ocorre que eles faturaram juntos R$ 10 mil e agora brigam pelo valor arrecadado. Quanto a legitimidade da ação soa como eleitoreira, porque, a equipe de reportagem do Capital do Pantanal esteve na área, que fica na frente do Conjunto Padre Ernesto Sassida, na entrada de Corumbá, BR 262, e ouviu a ambulante conhecida como Maria Cristina Barbosa de Jesus, que responsabilizou o Estado (dono das terras) e cobrou apoio da prefeitura para a ação, “ o prefeito tem que nos ajudar, porque na hora de pedir votos ele sabe” , disse a mulher deixando evidente que se trata de uma invasão criminosa e orquestrada com o objetivo te atingir o chefe do executivo municipal, uma vez que as terras não pertencem ao município. Maria Cristina invadiu as terras e estava vendendo o lote a R$ 20,00 para pessoas que se dizem carentes, “ estou aqui desde as seis da manhã, abrindo o mato com foice para assentar estas famílias. Aqui tem mulheres gravidas e famílias que não tem onde morar, mas, toda hora para um carrão na estrada querendo comprar terras. Eles afirmam que é para os empregados, mas quem disse que rico se preocupa com pobre” , disse a mulher afirmando que não vai deixar a área e estão prontos para a briga. A mulher disse que foi até a prefeitura procurar saber a quem pertencia a área,” é terra abandonada. Nossa briga vai ser com o governador Reinaldo Azambuja e o prefeito, porque queremos apoio na nossa luta” . Quanto ao dinheiro arrecadado ela diz que é para, “ se alimentar e comprar material para abria a mata fechada” , mas já virou boletim de ocorrências, porque, agora a briga é entre ela e Seo Geraldo que quer parte do dinheiro. [caption id="attachment_514242" align="aligncenter" width="800"] A liminar é contra Geraldo Pereira de Oliveira.[/caption]