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Segundo caso de raiva animal confirmado faz CCZ programar vacinação para 2X vezes no ano

30 MAR 2016 • POR Gesiane Medeiros • 11h23
[caption id="attachment_513057" align="aligncenter" width="950"] A primeira vacinação do ano será já em abril. Foto: Divulgação/PMC[/caption] O segundo caso de raiva animal foi registrado em Corumbá no dia 17 de março, quando chegou resultado de exame expedido pelo laboratório Central de Campo Grande. O animal infectado era um morcego de espécie insectifera, que se alimenta de insetos, e foi capturado por moradora no bairro Popular Nova, parte alta da cidade. Segundo informações do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) este é o segundo caso confirmado em menos de um mês, já que no início de março um cão, também da parte alta, foi diagnosticado com a doença. [caption id="attachment_514103" align="alignleft" width="206"] Carlos Eduardo é veterinário do CCZ e conversou com o Capital do Pantanal por telefone. Foto: Arquivo Pessoal[/caption] Carlos Eduardo Carvalho, veterinário do CCZ, explica que o morcego foi morto pelo gato da família e só depois encontrado pela moradora, que levou o animal infectado até o CCZ. O gato ficou em observação, e para preservação da saúde de todos da casa precisou ser sacrificado. “A confirmação do segundo caso da doença na cidade, no curto espaço de tempo, indica que a doença está em circulação e que a população deve tomar medidas preventivas. Este ano, a vacinação acontecerá duas vezes, a primeira já no mês de abril”, explica o veterinário do CCZ. O município disponibiliza a vacina contra raiva gratuitamente no CCZ durante todo os 12 meses do ano, e realiza campanha anual com agentes que visitam todas as casas da cidade, porém este ano, numa tentativa de impedir um novo surto da doença, que em 2015 registrou 63 casos de raiva em animais e um em humano (com morte), o cronograma foi adaptado para que a campanha seja realizada de seis em seis meses. Carlos Eduardo explica ainda que os morcegos são comuns na cidade, “é fácil encontrar colônias de morcegos não hematófagos (que se alimentam de sangue) em Corumbá, eles habitam geralmente nas copas das árvores e nos forros dos telhados das casas, a convivência natural entre eles transmite a doença um para o outro e assim chegam aos cães e gatos que passam para os seres humanos”. O CCZ indica que a melhor forma de se proteger é a vacinação. “Todo animal doméstico deve ser vacinado contra a raiva anualmente a partir do 4° mês de vida. Em caso de qualquer arranhadura que uma pessoa tiver deve procurar imediatamente o posto de saúde mais próximo para iniciar tratamento com vacinas, a recomendação serve inclusive para quando o animal em questão for vacinado, neste caso o animal deverá ser monitorado”, explica o veterinário.