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Polícias de Corumbá e da Bolívia discutem melhorias para segurança na Fronteira

11 MAR 2016 • POR Gesiane Medeiros • 13h03
[caption id="attachment_513033" align="aligncenter" width="900"] O comandante da PM de Corumbá, Coronel Freitas, expôs as dificuldades de ação, e propôs melhora na comunicação entre as seguranças dos países. Foto: Gesiane Medeiros/CDP[/caption] Após os seguidos casos de crimes que chocaram a cidade, as forças policiais de Corumbá se reuniram com a polícia nacional da Bolívia, para estreitarem relações e juntos, buscarem soluções para diminuição de crimes na região de fronteira. A fiscalização na fronteira entre os países é frágil e diversos criminosos, muitas vezes já fichados, passam com tranquilidade, realizando contrabando de armas, drogas e mercadorias, pela faixa onde o cuidado com a segurança nacional deveria ser mais exigente. Na reunião terceira reunião sobre o assunto, segundo o comandante do 6° Batalhão de Polícia Militar de Corumbá, Coronel Freitas, estavam presentes a Guarda Municipal, a Polícia Civil, a Agetrat, a Polícia da Bolívia e os presidentes dos sindicatos dos taxistas e dos mototáxistas de Corumbá. Juntos buscaram avançar em medidas efetivas que diminuam a criminalidade, porém nada de concreto foi definido. [caption id="attachment_513034" align="alignleft" width="400"] Comandante da Polícia boliviana, Coronel Justiniano, mostrou que fugitivos eram fichadas no país. Foto: Gesiane Medeiros/CDP[/caption] O comandante da polícia boliviana, Coronel Justiniano, abordou um dos assuntos de maior repercussão desta semana, quando fugitivos de seu país, ultrapassaram a fronteira com Corumbá, segundo ele, com tranquilidade, nesta terça-feira (8) e invadiram o pátio da prefeitura de Corumbá, onde três foram capturados e um conseguiu fugir. A ação contou com a parecia da Polícia Federal Rodoviária e Militar. O comandante boliviano foi enfático ao questionar porque os bandidos, que estavam com marcas de tiros no carro, não foram detidos no posto policial para averiguação, a resposta veio por parte do delegado adjunto do 1° Distrito Policial de Corumbá, San Ricardo Aranha, “o carro foi parado e os homens se identificaram, eles são criminosos na Bolívia, no Brasil eles não tem nome listado no sistema policia3l, a abordagem seguiu o protocolo, houve suspeita por conta dos furos na lataria do carro, eles deram suas explicações e no momento foi o suficiente, não tínhamos porquê, no momento, mantê-los presos para investigar”, explicou o delegado adjunto. Outro assunto da pauta, também de grande repercussão desta semana, são os constantes crimes cometidos contra taxistas e mototáxistas na cidade. Nesta quarta-feira (9), o taxista Claudinei Guerreiro de 64 anos foi vítima de latrocínio, roubo seguido de morte em uma corrida emboscada. Segundo o presidente dos taxistas, Cláudio Reis Rodrigues, a vítima havia recebido o chamado para a corrida um dia antes, ou seja, o crime foi planejado. Os bandidos levaram o táxi da vítima e o mataram com facada no pescoço. [caption id="attachment_513035" align="alignright" width="400"] Cláudio Reis Rodrigues, presidente do sindicado dos taxistas de Corumbá, afirmou já está cansado de tanta insegurança na profissão. Foto: Gesiane Medeiros/CDP[/caption] “Nós não podemos recusar serviço, porque ao mesmo tempo que existem as emboscadas, também existem os chamados de pessoas que realmente necessitam do serviço durante a madrugada, já atendi chamados de mulheres que estavam prestas a dar a luz, e também de famílias que precisavam levar um filho ao hospital urgente. A partir de hoje temos que nos reunir e adotar estratégias para nós mesmos cuidarmos da nossa segurança, não podemos esperar apenas pela polícia”, afirmou o presidente do sindicato. O comandante da Guarda municipal, Ubiratan de Oliveira, sugeriu que a ação de início para combate ao aumento da criminalidade seja através da fiscalização de trânsito, segundo ele este é o ponto em comum, “todos eles, sejam bolivianos ou brasileiros, em algum momento vão utilizar um veículo para se locomover, e ao meu ver é ai que podemos agir”. O efetivo da polícia também foi questionado, e segundo o delegado adjunto da Polícia Civil San Aranha, esta é uma necessidade e um pedido continuo, mas que ainda se mantem em déficit, “acredito que o aumento do efetivo seja um pedido de todas as forças de segurança da cidade, e no ano passado Corumbá foi a cidade, entre as de interior, que mais recebeu efetivo policial, mas mesmo assim ainda não foi o suficiente, acredito que a situação só será amenizada com a realização de um concurso público, o qual já foi aprovado”. Explica o delegado adjunto.