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Há mais de uma semana adolescente com Guillain Barre aguarda transferência para a Capital

26 FEV 2016 • POR Gesiane Medeiros • 16h09
Uma adolescente de 14 anos, diagnosticada com a síndrome de Guillain Barre, está internada na Santa Casa de Corumbá, desde o dia 3 de fevereiro, e a espera pela vaga em hospital da capital já ultrapassa uma semana. Segundo a administração da Santa Casa, o requerimento foi enviado a central de regulação do estado desde o dia 18 deste mês, e constantemente é monitorado pela equipe. [caption id="attachment_510836" align="alignleft" width="400"] Domingos Albaneze, diretor clínico da St. Casa, explicou o caso. Foto: Gesiane Medeiros[/caption] Em entrevista com o diretor técnico do Hospital Municipal da cidade, Dr. Domingos Albaneze, médico quem fez o diagnóstico clínico, há quase um mês atrás, quando a adolescente foi encontrada sem os movimentos dos membros inferiores. “Fiz o diagnostico inicial na própria casa da família, atendendo ao pedido de uma amiga, que me contou o caso de uma menina, que não estava mais conseguindo andar. Identifiquei o caso como síndrome de Guillain Barre e pedi que a família levasse a menina até o hospital do município para que ela fosse internada e o caso fosse estudado. Acompanhei a internação da adolescente e expliquei a situação ao médico que seria responsável pelo seu caso”. O diagnostico dado pelo Dr. Domingos foi constatado através de exames solicitados pelo médico responsável do caso, e como a doença necessita de especialistas para o tratamento, foi solicitado a transferência da paciente para a capital, porém até o momento ainda não foi obtida. Já passou de uma semana o tempo de espera por uma vaga no Hospital Regional ou Universitário de Campo Grande, que segundo respostas obtidas pela direção da Santa casa, estão com superlotação. O Capital do Pantanal entrou em contato com a assessoria de imprensa da secretaria de saúde do Estado, mas não obteve resposta do caso até o fechamento desta matéria. Dr. Domingos explicou ainda que o quadro clínico da paciente, felizmente é estável, “ela continua com os movimentos dos membros inferiores comprometidos, porém a doença não tem apresentado evolução”. O diretor técnico esclarece ainda que a síndrome de Guillain Barre, é uma lesão neurológica de origem pós infecciosa. “A síndrome tem relação com a Zíka Vírus, mas a ligação não é exclusiva, já atendi pacientes que foram diagnosticados com Guillain Barre após um quadro de dengue. No caso da paciente internada, ela teve um histórico de caxumba em outubro do ano passado, e acreditamos que a causa seja esta”.