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Conselho de Ética recebe defesa prévia de Delcídio

24 FEV 2016 • POR Gilmar Lisboa • 12h36
O relator do processo de Delcídio do Amaral (PT-MS) no Conselho de Ética do Senado, senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO), informou nesta terça-feira (23) que recebeu a defesa prévia do ex-líder do governo na Casa. Ao G1, Ataídes contou que, após o recebimento da defesa prévia, ele terá até cinco dias úteis, a contar desta quarta (24), para apresentar o relatório preliminar pela continuidade, ou não, do processo que analisa se Delcídio quebrou o decoro parlamentar. Delcídio esteve preso preventivamente desde novembro de 2015, acusado de tentar atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato. Na sexta-feira passada, o STF decidiu revogar a prisão do senador, que ficou quase três meses afastado do Senado. O G1 ressalta que após a apresentação do relatório preliminar, o colegiado terá outros cinco dias úteis para apreciar o parecer do relator. Depois da prisão de Delcídio, Rede e PPS apresentaram, em dezembro, representação no Conselho de Ética contra ele, que pode resultar em punições que vão de censura à cassação do mandato, ressalta o G1. Ataídes de Oliveira também disse, segundo o site carioca, que foi notificado da representação da defesa de Delcídio que pede a impugnação da sua permanência da relatoria do processo. Na semana passada, quando os advogados do ex-líder do governo no Senado protocolaram a defesa prévia, também foi solicitada a substituição do relator Ataídes de Oliveira. A defesa alega que, por ser do PSDB -- um partido de oposição --, Ataídes não teria isenção suficiente para permanecer no cargo, assinala o site. O presidente do Conselho de Ética, senador João Alberto (PMDB-MA), convocou para esta quarta-feira (24) uma reunião para que o colegiado decida se aceita ou não o pedido de impugnação de Ataídes. Caso o plenário do Conselho decida por deferir a solicitação, será necessário fazer um novo sorteio para escolha do relator do processo.   Delcídio A assessoria de imprensa do senador Delcídio do Amaral disse que ele está fazendo uma bateria de exames de saúde e que, só após a conclusão dos testes, o senador retornará às atividades parlamentares, o que não deve acontecer nesta semana. Ainda de acordo com o assessor de imprensa de Delcídio, o senador não pensa em tirar uma licença das atividades. Colegas de Delcídio, os senadores Acir Gurgacz (PDT-RO) e Álvaro Dias (PV-PR), já manifestaram que o ideal para o ex-líder do governo seria o afastamento das atividades, uma vez que a volta do senador, que está suspenso do PT, causaria "constrangimento" entre os demais parlamentares, relata o G1.