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Delcídio retoma atividades no Senado nesta segunda-feira

21 FEV 2016 • POR Gilmar Lisboa • 14h48
O senador Delcídio do Amaral (PT-MS), liberado da prisão na última sexta-feira (19) depois de ficar 87 dias preso, deverá passar o fim de semana em casa com a família em Brasília e nesta segunda-feira voltará a dar expediente no Senado e até mesmo reassumir a presidência da Comissão de Assuntos Econômicos, uma das mais importantes do Legislativo. Segundo o jornal O Globo, o senador foi orientado pela banca de advogados que o acompanha desde a prisão em novembro passado a retomar as atividades do mandato sem qualquer inibição, mesmo diante da resistência de alguns colegas. Delcídio, lembra o jornal,  foi preso em 25 de novembro passado a pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. O pedido foi acolhido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e ratificado pelo plenário do Senado. O senador é acusado de tentar manipular a delação e, ao mesmo tempo, tramar a fuga do ex-diretor de Internacional da Petrobras Nestor Cerveró, um dos principais acusados e, agora, réu colaborador da Operação Lava-Jato. A reportagem diz que a trama teria a participação ou conivência do chefe de gabinete Diogo Ferreira e do advogado Edson Ribeiro. — Ele é o presidente da CAE. Ele vai exercer o mandato sem constrangimento. Eu sei que ele vai fazer isso porque ele é muito tranquilo, muito respeitado — afirma Gilso.  Dipp ex-ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e hoje um dos advogados de Delcídio. Segundo Dipp, a única dúvida sobre o exercício do mandato do senador está relacionada a jornada de trabalho. Pela decisão do ministro Teori Zavascki, relator da Lava-Jato no STF, Delcídio pode comparecer normalmente ao Senado, mas deve se recolher em casa à noite. Dipp lembra, no entanto, que em geral as sessões mais importantes do Senado costumam terminar tarde da noite ou até mesmo de madrugada. — Algumas sessões terminam de madrugada. Como é que fica? Ele tem o direito ao exercício pleno do mandato. São questões que vão sendo postas. Com o tempo, isso vai ser esclarecido — disse o advogado ao jornal O Globo.