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Soltura de Delcídio teria sido condicionada a revelações sobre corrupção

20 FEV 2016 • POR Gilmar Lisboa • 11h33
[caption id="attachment_511817" align="aligncenter" width="900"] Delcídio deixou o Batalhão de Trânsito da PM em Brasília nesta sexta-feira (19) e poderá voltar ao senado já na segunda-feira (22). Foto: André Dusek[/caption] A saída do senador Delcídio do Amaral da prisão, nesta sexta-feira (19), teria sido condicionada a revelações sobre a corrupção nos meios político e empresarial. Seriam, conforme o jornal O Globo, informações que colocariam a Lava-Jato num patamar ainda mais elevado. As revelações teriam sido feitas ao Grupo de Trabalho da Procuradoria-Geral da República encarregado das investigações de políticos envolvidos nas fraudes em contratos entre empreiteiras e outras grandes empresas com a Petrobras. O jornal revela que Delcídio sempre teve bom trânsito entre políticos das mais diversas matizes ideológicos e, por esse motivo, teria em mãos informações de toda natureza envolvendo ilegalidades na seara especialmente dos desvios de recursos que “sangraram” as finanças da Petrobras. Ao jornal carioca, no entanto, o advogado Luís Henrique Machado, que defende Delcídio, negou que seu cliente, que ficou 87 dias preso, tenha feito acordo de delação premiada. “Nem passa pela cabeça do senador”, disse o advogado ao jornal. A decisão da soltura de Delcídio foi do ministro Teori Zavascki, relator da Lava-Jato no Supremo. Delcídio foi detido após ser gravado articulando a fuga do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró. O chefe de gabinete do senador, Diogo Ferreira, também será solto.   Constrangimentos O Globo assinala que a volta de Delcídio Amaral (PT-MS) ao Senado na próxima semana pode provocar eventuais constrangimentos. Muitos parlamentares, conforme o jornal, preveem esses dissabores ao parlamentar, já que o plenário da Casa aprovou sua prisão e ele responde ao processo de cassação do mandato no Conselho de Ética.