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MS registra 2º caso de Guillain-Barré e descarta ligação com zika vírus

13 FEV 2016 • POR G1 • 14h00
Um idoso de 73 anos é o segundo paciente que contraiu a Síndrome de Guillain-Barré em Mato Grosso do Sul em 2016. Assim como no primeiro caso, a relação com zika vírus foi descartada. O paciente está internado na clínica médica do Hospital Universitário em Campo Grande. Morador de Caracol, cidade distante 369 quilômetros da capital sul-mato-grossense, ele foi transferido na última quarta-feira (10) com os sintomas da síndrome. O resultado do exame saiu na quinta-feira (11). Ele contraiu a doença após pegar dengue. O coordenador do HU, Cláudio Saab, explicou que o paciente tem a paralisia flácida dos membros inferiores e, com início do tratamento, o quadro se estabilizou. A preocupação era a paralisia afetar os músculos do sistema respiratório. “Ele já saiu da área de risco, está agora, neste momento, em uma unidade intermediária, que é uma enfermaria, ainda sob os cuidados médicos”, afirmou. A Guillain-Barré ocorre, na maioria das vezes, algumas semanas depois de uma infecção por vírus ou bactéria. Segundo a médica infectologista, Priscila Alexandrino, o organismo desenvolve uma reação imunológica para combater a infecção e acaba atacando o sistema nervoso do paciente, por engano. “Esses vírus têm afinidade pelo sistema nervoso central, que a gente fala tropismo pelo sistema nervoso central e podem numa fase pós-aguda, após a infecção aguda, ocasionar doença, alterações neurológicas, como por exemplo, Guillain-Barré”, explicou a médica.   Primeiro caso Uma mulher de 33 anos que foi transferida de Paranaíba com a síndrome no início do mês. Segundo a direção do HU, o quadro de saúde da paciente é estável. Ela já recebeu tratamento médico e está internada em observação na enfermaria do hospital. A relação com zika vírus foi descartada porque não havia informação sobre os sintomas da doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. A causa ainda está sendo investigada.