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Sandálias de Frei Mariano comemora 10 anos e arrasta mais de 2 mil foliões pela passarela

4 FEV 2016 • POR Sandro Assef • 14h45
[caption id="attachment_510853" align="aligncenter" width="950"] Foliões permaneceram na passarela do samba por até 4 horas da madrugada de sexta. Foto: Clóvis Neto[/caption] Com muita alegria, irreverência e saudosismo, o Bloco Sandálias de Frei Mariano abriu oficialmente o carnaval 2016. Fundado pela eterna guardiã da cultura corumbaense, Heloísa Urt, falecida em 2011, o bloco inaugurou a Passarela do Samba do Carnaval 2016, comemorando dez anos de existência. Além de ser conhecido como o “Bloco dos Servidores da Prefeitura”, hoje, caiu no gosto popular e acolhe todos os foliões que se dirigem ao também tradicional local de concentração. Muitos se apresentam com o abadá oficial e outros, com as fantasias as quais lhes convêm. A descida deste bloco na quarta-feira, alimenta o sentimento de dever cumprido e demonstra que a cidade está pronta para protagonizar a maior e melhor festa de Momo do Centro-Oeste brasileiro. A expectativa é que esse carnaval, apesar da crise a qual assola o Brasil e o mundo, seja o melhor dos últimos tempos, tendo em vista que os hotéis se encontram com reservas esgotadas para os cinco dias de folia. Já na madrugada de hoje, 4 de fevereiro, os últimos foliões ainda se encontravam na Passarela do Samba demonstrando o anseio em aproveitar ao máximo a nuance da extensa programação do Carnaval Cultural 2016, cujo objetivo é manter a tradição de que essa festa é democrática e inclusiva, atendendo a todas as preferências.   Lenda das Sandálias de Frei Mariano Frei Mariano foi Pároco do Baixo Paraguai (Corumbá e Miranda), na segunda metade do século XIX. Durante a Guerra do Paraguai (1864 – 1870), pereceu nas mãos dos comandados de Solano Lopez, perambulando de porão a porão nas mãos de seus algozes. Após a retomada de Corumbá, iniciou a construção de sua maior obra nessa região, a Igreja dedicada à Nossa Senhora da Candelária, o que gerou grandes polemicas culminando com a “Expulsão” de Frei Mariano e o consequente mito da Praga das Sandálias do Frei Mariano.