Geral

Comissão julgadora deste ano não terá integrantes corumbaenses

30 JAN 2016 • POR Gesiane Medeiros • 15h16
Os 18 jurados que irão julgar as dez escolas de samba de Corumbá este ano, serão todos do Rio de Janeiro. A decisão da Liga das Escolas (Liesco) tem como objeto buscar o máximo de imparcialidade, além de profissionalizar cada vez mais o carnaval da cidade. Em reunião deste sábado, 30, o coordenador da empresa contratada para realizar o julgamento das agremiações, apresentou a formação técnica e experiência dos jurados e, explicou aos representantes das escolas como serão os critérios de julgamento. “Os jurados irão avaliar de acordo com o que está estabelecido no regulamento das escolas, ninguém vai inventar critério. Mas deixo claro que o erro sendo visto não terá perdão, o quesito sofrerá redução de nota”, disse Riese Santos, coordenador da comissão julgadora. Santos falou com rigidez e objetividade, afirmando a todo momento que seu objetivo não era assustar ninguém, mas que o trabalho de julgamento será cumprido a risca. [caption id="attachment_510598" align="alignleft" width="300"] Waldir Padilha, presidente da Liesco, defendeu sua decisão. Foto: Gesiane Medeiros[/caption] Segundo presidente da Liesco, Waldir Padilha, os acontecimentos do último carnaval o levaram a tomar a decisão de não trabalhar mais com a mescla de jurados, onde uma parte era composta por integrantes de outro Estado e outra por pessoas da cidade, “neste formato, ficávamos suscetíveis a apontamentos de que escolas estavam sendo beneficiadas em suas notas, no último carnaval, muitas pessoas apresentaram insatisfação com as notas. Este ano pesquisei bastante para contratar uma empresa especializada e que seja totalmente imparcial na avaliação, diz o presidente da liga. O fato dos jurados não estarem inseridas na cultura corumbaense, com certeza traz insegurança para algumas agremiações, como lembrou Joílson Cruz, presidente da Fundação de Cultura do Município, “a realidade do carnaval de Corumbá é diferente, os recursos são básicos e a aquisição e materiais de trabalho nem sempre é facilidade, vivemos em uma cidade onde o capital fica há quase 500 quilômetros, mas concordo com o novo formato de julgamento, a imparcialidade será um ponto muito positivo, e a rigidez no julgamento irá trazer insatisfações, mas elas são necessárias, só assim iremos conseguir profissionalizar nosso evento de carnaval”. No ponto de vista de Marcelo Toledo, presidente da Vila Mamona, a decisão foi sensata, “com certeza não irá agradar a todos, nada é 100%, mas acredito que o último carnaval serviu de experiência para as escolas, e todos estão buscando acertar os erros que tiveram”.