Geral

Índice de infecção em Ladário é considerado de baixo risco pela OMS, mas combate ao mosquito continua

12 JAN 2016 • POR Redação • 15h51
Ladário encerrou o ano de 2015 com 178 notificações de dengue e sete casos confirmados da doença, bem como um caso suspeito de Febre Chikungunya de Zica Vírus. Os números equivalem à semana epidemiológica 52, que corresponde até o dia 2 de janeiro deste ano. Mesmo com números baixos, não significa que não exista o risco, por isso, o trabalho de orientação e prevenção deve continuar na Pérola do Pantanal. De acordo com os últimos dados do Sistema do Programa Nacional de Controle da Dengue (SisPNCD), Ladário apresenta o Índice de Infestação Predial (IIP) médio de 0,89%, considerado baixo risco e que tem como referência da Organização Mundial de Saúde o índice de 1%. Já os Bairros que apresentam alto risco das doenças são Nova Aliança e Potiguá, sendo de 2,24 %, seguidos do Almirante Tamandaré- COHAB - 1,72%; SEAC - 0,96%; Alta Floresta I e II- 0,86%; Centro 0,42%; Mangueiral – 0,41%. Para o Secretário de Saúde, Cleber Colleone, apesar dos índices não serem alarmantes, os trabalhos de conscientização devem ganhar espaço para que não haja uma epidemia da doença, já que o período no qual estamos, o de chuvas intensas, é propicio pra a proliferação do mosquito transmissor. “Nossas ações acontecem a todo o momento. Mais uma vez repito, a população tem o dever de nos ajudar nesse combate. O mosquito Aedes Aegypti é doméstico, por isso, a importância de manter nossas casas e quintais limpos e ficarmos atentos às dicas repassadas pelos nossos agentes de saúde e de endemias durante as suas visitas, já que além da dengue, temos a febre Chikungunya e muito recentemente o Zica Vírus”, disse Cleber Colleone. Conscientização Um dos problemas que mais resultam e se torna a principal causa dos focos do mosquito da dengue, é a constante falta de água nos bairros, onde para tentar amenizar essa situação, os moradores acabam estocando água em reservatórios que servem em sua maioria, como criadouro do Aedes Aegypti. Dos depósitos de água encontrados com o mosquito, 84.31% foram do tipo A2 (caixa d’água a nível de solo); 5.88% (caixa d’água elevada); 5.88% foram D2 (lixo e entulhos ) e 3.82% depósitos móveis( Recipiente de água para cachorro, entre outros). “Essa é uma das nossas principais preocupações. De cada 10 focos, podemos encontrar de 8 a 9 nesses recipientes utilizados como criadouros do mosquito. Todos devem colaborar e dedicar 10 minutos de seu tempo na semana para a limpeza e verificação dos locais que servem como foco. Dessa maneira Ladário não sofrerá tanto com a doença”, finalizou o Secretário. Preocupante O que mais vem preocupando a população são os casos registrados em decorrência do Zica Vírus, principalmente para as gestantes, por conta da microcefalia nas crianças, ainda no período de gestação. No último dia 05 de janeiro, o Ministério da Saúde divulgou o primeiro informe epidemiológico de 2016 sobre os casos suspeitos de microcefalia relacionada ao vírus Zika. As informações são referentes aos dados até o dia 02 de janeiro.  O ministério orienta às gestantes que elas mantenham o acompanhamento e as consultas de pré-natal, com a realização de todos os exames recomendados pelo médico. O Ministério da Saúde reforça ainda a orientação de não consumirem bebidas alcoólicas ou qualquer outro tipo de drogas, não utilizar medicamentos sem orientação médica e evitar contato com pessoas com febre ou infecções. É importante também que as gestantes adotem medidas que possam reduzir a presença de mosquitos transmissores de doença, com a eliminação de criadouros, e proteger-se da exposição de mosquitos, como manter portas e janelas fechadas ou teladas, usar calça e camisa de manga comprida e utilizar repelentes permitidos para gestantes.