O grupo de Bombeiros Militares de Mato Grosso do Sul que esteve em intercâmbio nos Estados Unidos entre os dias 10 e 21 de maio, agora analisam como implantarem as estratégias norte-americanas nas ações de prevenção e combate à incêndios florestais no Estado.
Além de Mato Grosso do Sul, os estados de São Paulo e do Paraná também enviaram bombeiros militares para participarem do intercâmbio 'Gestão Integrada de Incêndios', organizado pelos Conselhos Americanos para Educação Internacional em conjunto com o Departamento de Estado dos EUA.
Bombeiros elogiaram a participação da comunidade na estratégia preventiva à incêndios nos EUA. Foto: CBMMS Durante 12 dias, os militares visitaram agências especializadas, centros de coordenação de emergências, participaram de debates operacionais, de simulações e acompanharam ações reais em campo. As atividades foram realizadas em estados com histórico significativo de incêndios florestais, como Idaho, Novo México e Miami, onde existem estruturas avançadas de prevenção e combate.
As visitas técnicas abordaram temas como táticas de combate a incêndios, uso de aeronaves, logística de grandes operações, análise meteorológica, comportamento do fogo, prevenção, segurança, queima prescrita e liderança em situações críticas.
Para o major Eduardo Teixeira, subdiretor da Diretoria de Proteção Ambiental dos Bombeiros, além da oportunidade de aprenderem novas técnicas, o intercâmbio evidenciou que MS está na direção certa no enfrentamento aos incêndios florestais. "A abordagem de responsabilidade compartilhada com os produtores rurais, organizações não governamentais e o poder público contribui para aumentar a resiliência das comunidades e promover a conservação da nossa fauna e flora", apontou o major, exemplificando uma das estratégias de prevenção adotadas nos Estados Unidos.
Para o subdiretor da Diretoria de Proteção Ambiental dos Bombeiros, embora a vegetação das regiões visitadas apresente características semelhantes às de Mato Grosso do Sul — assim como as técnicas empregadas no combate aos incêndios — o diferencial está nas ações de prevenção, que são mais estruturadas e eficazes.
Bombeiros participaram de técnicas de manejo integrado do fogo em áreas com condições similares as de MS. Foto: CBMMS "Visitamos regiões com a vegetação similares, mas com condições climáticas diferentes. Apesar de os bombeiros americanos e das organizações que atuam no combate terem à disposição uma estrutura de equipamentos reforçada para o trabalho, a cultura é a da prevenção, com destaque para a integração e a padronização dos serviços. Toda a população é envolvida nesse processo e cada um tem o seu papel definido com o objetivo de proteger suas riquezas e evitar que os incêndios aconteçam. Essa estratégia envolve treinamento da população em geral e divulgação de informações e recursos sobre incêndios, como alertas, notícias e mapas", explicou.
Sobre as atividades de manejo integrado do fogo, ele afirmou que elas são amplamente adotadas pelos bombeiros americanos como ferramenta para evitar grandes incêndios.
"As queimadas prescritas são bem estruturadas e o uso do fogo é comum nas comunidades para auxiliar a restaurar os ecossistemas e reduzir as ameaças de grandes incêndios. Nesse sentido, também conhecemos os planos comunitários de proteção contra incêndios e as ações de redução de árvores e arbustos como forma de prevenção. Todo o conhecimento foi de grande valia e poderemos aplicar técnicas simples adotadas pelos bombeiros americanos já na Operação Pantanal 2025", afirma o major Teixeira.
A comitiva de MS no intercâmbio 'Gestão Integrada de Incêndios' foi composta pelo major Eduardo Teixeira (subdiretor da Diretoria de Proteção Ambiental dos Bombeiros), o tenente-coronel Leonardo Rodrigues Congro, a tenente-coronel Tatiane Dias de Oliveira e o capitão Samuel Pedrozo Borges. *Com informações da Comunicação do CBMMS
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Quatro Bombeiros militares de MS participaram do intercâmbio 'Gestão Integrada de Incêndios', nos Estados Unidos. (Foto: CBMMS)


