Um incêndio de grandes proporções atingiu o Pantanal Sul-Mato-Grossense e reacendeu o alerta sobre a vulnerabilidade ambiental da região. O fogo consumiu 2.391 hectares de propriedades rurais em Corumbá, incluindo áreas protegidas por lei, como Áreas de Preservação Permanente (APP) e Reservas Legais. Diante dos danos, o Ministério Público de Mato Grosso do Sul abriu um inquérito civil para apurar o impacto ambiental e identificar os responsáveis.
Entre os prejuízos, estão "151 hectares de Áreas de Preservação Permanente", essenciais para a proteção dos recursos hídricos e da fauna local. Além disso, foram destruídos "1.205 hectares de Reserva Legal", que deveriam preservar a vegetação nativa, "990 hectares de vegetação nativa remanescente" e "45 hectares de área consolidada".
O laudo pericial aponta violação grave ao meio ambiente, com impacto significativo no bioma Pantanal, reconhecido pela Constituição Federal como patrimônio nacional. Para avançar na investigação e medir os prejuízos, o Ministério Público atua em conjunto com a Polícia Militar Ambiental e o Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul).
O promotor Pedro de Oliveira Magalhães requisitou documentos como o "Cadastro Ambiental Rural (CAR)" e o "Programa de Regularização Ambiental (PRA)" das propriedades afetadas. Essa cooperação entre órgãos visa reunir provas para futuras ações de reparação.
A detecção do incêndio ocorreu entre os dias 2 e 3 de setembro de 2024, por meio do "Programa Pantanal em Alerta", que monitora focos de calor em tempo real na região, permitindo a rápida mobilização para a investigação.*Com informações do MPMS.
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Áreas devastadas pelo incêndio no Pantanal são monitoradas por equipes do Ministério Público e órgãos ambientais. (Foto: Laudo da Vistoria)


