Menu
domingo, 09 de novembro de 2025
Câmara - Novembro Azul
Andorinha - WhatsApp
Natureza

Base florestal em Mato Grosso do Sul deve crescer 40% até 2028

23 outubro 2025 - 12h18Agência de Noticias do Governo de MS

Com cerca de 1,8 milhão de hectares de florestas plantadas, o Estado de Mato Grosso do Sul espera atingir 2,5 milhões de hectares nos próximos três anos, aumento de 40% da sua base florestal. Esta expansão será calcada principalmente na sustentabilidade, palavra-chave que faz parte do vocabulário de praticamente todas as grandes empresas do setor.

As considerações foram feitas pelo secretário Jaime Verruck, da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), durante o evento Bracell2030 (2025), que debateu terça-feira “O Brasil na Vanguarda do clima: da bioindústria à economia regenerativa”.

O encontro, realizado em São Paulo (SP), foi promovido pela Bracell em parceria com o jornal ValorEconômico e a EditoraGlobo. O evento reuniu líderes empresariais, autoridades e especialistas para discutir ações concretas em prol de um futuro mais sustentável.

O foco “economia regenerativa” e “bioindústria” indica alinhamento com temas ESG (ambiental, social e governança), o que pode ter impacto em investidores, stakeholders e imprensa especializada. Jaime Verruck foi um dos palestrantes do painel “Economia Verde: Como o Brasil pode transformar ativos ambientais e vantagem global”, juntamente com a secretária de Meio Ambiente e Logística do Estado de São Paulo, Natália Resende, e o embaixador José Carlos Fonseca. O painel foi moderado pela jornalista Leila Sterenberg.

Durante sua explanação, o titular da Semadesc destacou a forte visibilidade internacional que o setor possui.

“Este setor possui uma forte exposição internacional, o que o torna um ponto de referência relevante. A exportação de aproximadamente 92% de sua produção de celulose evidencia um elevado nível de interação com o mercado global”, afirmou. Essa característica exige, inerentemente, que as empresas demonstrem suas políticas de gestão sustentável (ESG), o que é intrínseco ao modelo de negócio. Cada empresa vem implementando mecanismos específicos para atender a essa demanda" salientou.

Jaime Verruck, ao centro, apresentou as projeções de MS no Bracell 30, em São Paulo. Foto: Rosana Siqueira/Semadesc

O secretário enfatizou que a conformidade com a legislação ambiental é fundamental para o setor.

“Empresas como a Bracell e a Suzano, por exemplo, não iniciam atividades em áreas sem as devidas análises, reservas legais e compensações ambientais. A base de suas operações repousa sobre a legalidade, abrangendo uma área de 1.181.000 hectares”, acrescentou.

Em segundo lugar, a certificação florestal desempenha um papel crucial. Em muitos casos, os requisitos de certificação são ainda mais rigorosos do que os do licenciamento ambiental. Essa abordagem demonstra um compromisso com práticas mais exigentes, que considero o caminho a ser seguido.

Em relação à apresentação do setor, há alguns desafios. “Uma das questões é a não aceitação, por parte do IPCC da ONU, dos créditos de carbono gerados pelo eucalipto plantado, sob a justificativa de que a captura de carbono é temporária, já que a árvore será cortada. Essa é uma decisão importante. Ao realizar o balanço de carbono, o setor pode apresentar suas ações de preservação, mas a captura de carbono na floresta não é reconhecida. Portanto, a indústria busca o reconhecimento da colheita florestal, da rebrota e do replantio como técnicas de captura de carbono, a serem reconhecidas sob uma metodologia específica”, sinalizou.

Adicionalmente, o setor vai apresentar na COP30 um documento que ressalta o protagonismo florestal na preservação, superando as barreiras existentes.

Projeções

Para os próximos anos, o secretário Jaime Verruck destacou que o Estado deverá passar por o que considera um crescimento chamam de “biológico”. Segundo ele, a projeção envolve o desenvolvimento do cenário dos 2,5 milhões de hectares.

“Este é o nosso projeto. Se consolidarmos a Bracell e a segunda planta da Eldorado, utilizaremos 2,5 milhões de hectares plantados. Essa é a nossa previsão: alcançar 2,5 milhões em três anos. Existe, contudo, um horizonte de expansão. Esse horizonte já está sendo considerado, situando-se nesta mesma área. Atualmente, estamos em 1,881 (milhão de hectares) para chegar a 2,5. Uma planta desse tamanho. Portanto, é necessário considerar também a área de preservação, que deve ser, no mínimo, de 700 mil hectares. Essa é a área plantada para uma única planta”, finalizou.

Deixe seu Comentário

Leia Também

saúde
Dr. Victor Rocha fará atendimentos de exame de mama para mulheres em Corumbá
meio ambiente
Documentário revela impacto da BR-262 na fauna e vida do Pantanal
meio ambiente
Empreendedores de MS levam produtos do Pantanal e Cerrado à COP 30
Meio Ambiente
Segundo dia da Cúpula do Clima terá debates sobre transição energética
meio ambiente
Cartilhas orientam bares e restaurantes em práticas sustentáveis
Meio Ambiente
População cobra falta de alerta pelo celular em temporal na Capital
Meio Ambiente
PMA e Imasul atuam juntos para combater pesca predatória na Piracema
Meio Ambiente
Workshop discute gestão estratégica da revitalização da Orla do Rio Paraguai
Meio Ambiente
Inicia o período de defeso nos rios de Mato Grosso do Sul
meio ambiente
Operação Piracema reforça combate à pesca ilegal em MS

Mais Lidas

polícia
Suspeitos de furto em supermercado de Corumbá são liberados após audiência
saúde
Dr. Victor Rocha fará atendimentos de exame de mama para mulheres em Corumbá
Política
Paulo Duarte entrega R$ 400 mil em emendas a escolas e instituto no Pantanal
geral
Moradores denunciam impactos da mineração em comunidade rural de Corumbá