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"Animal silvestre não é Pet", alerta PMA sobre os riscos da captura

28 julho 2025 - 09h38Gesiane S. Lourenço

Ao contrário do que muitos pensam, nem sempre a captura é a solução indicada para os animais silvestres encontrados na área urbana. A Polícia Militar Ambiental (PMA), esclarece que a captura ocorre quando há risco a vida humana, ou a do próprio animal, e quando os animas estão machucados. Em outras situações, a melhor opção é deixar que o animal siga seu caminho, sem qualquer interferência na sua rotina.

Muitos animais silvestres convivem diariamente com as pessoas na área urbana, porém nem sempre são percebidos. Em uma determinada ocorrência atendida pelos policiais ambientais em Campo Grande, um gambá foi encontrado preso dentro do balde lixo logo nas primeiras horas do dia de trabalho em um salão de beleza. As funcionárias da limpeza se assustaram e imediatamente acionaram os Bombeiros, que encaminharam o caso para a PMA. 

Nesse caso, os policiais optaram pelo recolhimento do animal porque ele não conseguia sair do espaço por conta própria e o local estava cheio, podendo haver uma locomoção inadequada. 

O sargento da PMA, Wagner da Silva Azevedo, explica que ao encontrar o animal silvestre, a recomendação é ligar para PMA. "Já orientamos a não mexer no animal. Após pegar as informações, definimos como vamos proceder. Neste caso específico viemos buscar o gambá porque estava preso, em um ambiente comercial cheio, as pessoas se assustam e têm medo de ataque. Nós vamos fazer a reintrodução ao seu habitat. Os gambás tem hábitos noturnos, saem atrás de comida a noite. Não são agressivos, mas se alguém quiser pegar ele, pode morder por um instinto de defesa”.

Se estiver ferido, a PMA encaminha o animal até o CRAS (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres) para o devido tratamento. Muitas vezes a captura não é a melhor alternativa, até porque o procedimento pode machucar e ferir o animal, sendo melhor deixar ele seguir pela cidade.

De janeiro até 30 de junho, a PMA atendeu 1.513 ocorrências envolvendo fauna silvestre na Bacia do Paraguai. Desse total, 277 animais estavam saudáveis e 158 apresentavam ferimentos. As aves lideraram os resgates, representando 53% dos atendimentos. Em Campo Grande, foram registradas 559 ocorrências, com 176 animais resgatados em boas condições e 131 feridos. As aves também foram maioria, correspondendo a 59% dos casos, seguidas por mamíferos (24%) e répteis (17%). Segundo a PMA, em cerca de 20% dos casos, os animais não precisaram de captura.

Animal silvestre não é PET

A PMA esclarece que os animais silvestre não podem ser tratados como PET. Muitas vezes ao encontrá-los nas ruas ou vê-los feridos, as pessoas querem pegar e até fazer carinho. Não pode. O ato de dar comida inclusive é considerado crime.

O aparecimento de animais silvestres é algo comum, principalmente perto de reservas florestais, rios e córregos. Muitos tem uma convivência harmônica com os seres humanos. As faunas vivem em área urbana e os animais estão adaptados, como é o caso dos próprios gambás, capivaras e quatis.

Caso tenha uma residência perto destes locais, a recomendação é evitar deixar rações espalhadas ou comida pelo quintal, que podem atrair estes animais. Evita inclusive incidente com os pets (gatos e cachorros), que ao encontrá-los pode gerar um confronto.

A população também deve saber que existem períodos sazonais, como a reprodução de aves a partir de setembro, em que filhotes se machucam quando estão aprendendo a voar. Algumas vezes não é necessário interferir neste processo, por isso cada caso será avaliado (captura) pela PMA.

Captura em locais de difícil acesso

Já foram encontrados animais silvestres em locais de difícil acesso, como telhados, forros de imóveis ou comércio. É importante esclarecer que os policiais ambientais estarão no local, com o devido equipamento para fazer a captura, mas não são responsáveis por destelhamento, abertura de forro, ou qualquer ação deste tipo. O proprietário terá que contratar profissionais para realizar este procedimento.

Caso encontre um animal silvestre morto, o contato já não será com a PMA. Em Campo Grande é preciso acionar a Solurb, empresa responsável por este serviço. Já no interior do Estado cada município vai indicar o serviço específico para atender a ocorrência. *Com informações da PMA

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