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Voluntários da causa animal falam sobre a satisfação de fazer o bem

10 maio 2017 - 09h08Gesiane Medeiros
Descobrir o voluntariado pode ser uma nova forma de enxergar a vida. Foto: Arquivos pessoais

A realidade de Corumbá e Ladário não é diferente de tantas outras cidades do Brasil, estes dois pequenos municípios do Mato Grosso do Sul, centro-oeste do país, também possuem grande deficiência no tratamento de animais abandonados à própria sorte na rua. É comum encontrar diariamente pelas ruas de bairros, principalmente os menos favorecidos, animais em estado precário de saúde, que muitas das vezes já tiveram lar e depois foram abandonados, dependendo da boa ação de pessoas sensíveis a dor de um ser que não pode fazer nada para melhor suas condições de vida e aumentar seu tempo de sobrevivência.

Em meio a este cenário obscuro, uma luz de esperança se ascende bem no final do túnel, através do voluntariado de pessoas que oferecem não só suporte financeiro, mas carinho, respeito e amor. Em Corumbá, grupos de ajuda se organizam na luta por melhores condições de vivência, principalmente para cães e gatos, maioria absoluta da população de rua animal. A ACLAA (Associação Corumbaense e Ladarense de Apoio aos Animais) é uma delas, que reúne centenas de pessoas envolvidas com a causa. O grupo não tem uma sede fixa onde possa acolher os animais para cuidar, mas consegue através de parcerias com empresas e pessoas comuns lares de acolhimento durante tratamento e até mesmo adoção, na melhor das hipóteses.

Mesmo com todo o carinho e dedicação desses voluntários, o problema ainda persiste e é muito maior do que se deseja. A necessidade de mais contribuições é constante. Empresas e pessoas voluntárias são sempre bem vindas para transformar a realidade de abandono e descaso com os animais.

Dr. Gabriel é veterinário da Clínica Corumbá, empresa voluntária da ACLAA. Foto: Arquivo pessoal 

A Clínica Corumbá é exemplo de uma empresa voluntária, com 30 anos de mercado e cuidado com os animais, a instituição sabe muito bem a diferença que o acompanhamento de um veterinário faz na vida do “bichinho”. Dr. Gabriel, um dos médicos veterinários da clínica explica ao Capital do Pantanal que “a contribuição é concretizada mediante a participação nos programas de controle de natalidade realizados pelas organizações protetoras dos animais. Eles realizam castração, incluindo todo o pós-operatório, por um valor bem reduzido”.

Empresas são sempre bem recebidas no voluntariado. O pouco se torna muito quando é realizado com verdade. A forma encontrada pela Clínica Corumbá em ajudar, proporciona um melhor controle da saúde pública e auxilia na diminuição da população de rua animal nas cidades.

Segundo a ACLAA, as denúncias e pedidos de socorro são cada dia maiores, somente nesta segunda (8) e terça-feira (9), 12 chamados foram recebidos pelo grupo, que como outros da cidade, não possuem ajuda financeira do município nem de qualquer outro poder político, é com o voluntariado que as ações acontecem. São as boas ações de instituições privadas e de pessoas comuns que fazem a diferença. Pessoas como Nicole Dicoff e Marlene, fotografa e enfermeira respectivamente, ambas são apaixonadas por animais e se esforçam ao máximo para contribuir de alguma forma, elas acreditam que um pouquinho de cada um, se torna algo maior pelo bem dos "bichinhos".

Marlene é enfermeira e voluntária da ACLAA. Foto: Arquivo pessoal

Marlene, voluntária há pelo menos dois anos, mobiliza seus amigos de trabalho e contribui com vitaminas e até amostras grátis de remédios que consegue junto com os colegas. Ela conta que sua paixão pelos bichos plantou um pouquinho desse carinho no marido, que antes se mantinha distante e hoje enxerga os animais com outros olhos. Em casa ela tem cinco cães, e destes, quatro são adotados. Em relato ao Capital do Pantanal ela diz que “a retribuição dos animais é minha maior satisfação, gostaria de poder fazer mais, quem sabe um dia posso. Penso no animal como um ser vivo, que necessita de cuidados como os de uma criança, eles sofrem calados”.

Nicole é fotografa e voluntária da ACLAA. Foto: Arquivo pessoal

Nicole ajuda comprando ração, recolhendo animais em situação de risco, com “vaquinhas” para pagamento de consultas e tratamentos e até com sua mão de obra profissional, a fotografa produziu as fotos de cães para o calendário do Grupo. Para Nicole, voluntariado “é sentir pelo coração do outro. É muito triste quando a gente encontra uma criatura jogada à própria sorte, sem condições de sair sozinha daquela situação. Dói na alma da gente também. Da mesma forma, quando uma dessas criaturas consegue sair daquela situação para uma melhor, o bem dela se torna o meu bem. A felicidade dela passa a ser a sua também. Essa é a recompensa do voluntariado”.

A voluntária perdeu um de seus animais de estimação há pouco tempo, uma cadelinha de 12 anos que faleceu no final de abril, mas mesmo triste, ela mantém os cuidados e a mesma alegria com suas outras duas gatinhas.

Como diz a conhecida frase do poeta, “Gentileza gera gentileza”, bons exemplos também podem gerar boas ações. Não importa se você tem pouco ou muito, se você é empresa ou pessoa comum, você pode fazer parte de algo maior, de um bem maior, ser voluntário é doar além de tudo carinho e amor pela vida.

A diretoria da ACLAA é composta por pessoas apaixonadas por animais, eles afirmam que se pudessem ajudariam a todos os necessitados, mas como dependem da contribuição dos mensalistas e da venda de produtos, infelizmente os animais a serem ajudados são selecionados pela gravidade da situação. Faça parte dessa causa, entre em contato pelo WhatsApp 67 99974-8382.

 

 

 

 

 

 

 

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