Vândalos roubam crânio no cemitério de Corumbá

Lixo e mal cheiro incomodam os moradores da localidade. Fotos: Sylma Lima

No último sábado,  27, segundo pedreiros que atuam no cemitério Santa Cruz, área central (Rua Dom Aquino), alguém arrebentou uma sepultura para roubar um crânio. Eles não preferiram não mostrar o local para resguardar a família do finado, mas garantiram que durante o dia, o campo santo é vigiado, mas a noite, ‘tudo acontece’, e o local continua sendo palco de destruição, que roubam placas de bronze, destroem sepulturas de mármore para furtar a pedra, e até mesmo dormir nas capelas. Há ainda os que invadem para fazer uso de drogas. 'Quanto ao cranio, nós descobrimos no sábado pela manhã que a sepultura havia sido arrombada e so estava a parte do tronco do morto no caixão'.

Quem visita o local se depara com a sujeira e abandono. Túmulos quebrados, sujeira e falta de manutenção das vias. O pior, segundo operários, é que roubam restos mortais para rituais de magia negra, ‘ não tem como controlar’, afirmaram ao Capital do Pantanal.

Se por um lado o cemitério sofre o abandono, do outro lado do muro, da parte de fora, que dá para a praça recém-construída, onde funcionava a feirinha boliviana, um amontoado de lixo se acumula nas paredes do muro,  com restos de potes de barros usados para fazer  despachos, ‘todo dia tem macumba aqui’, diz um servente de pedreiro, ‘eles levam fêmur, perna e outros órgãos para fazer magia negra’. A situação é lamentável, placas jogadas pelo chão rachado, mato crescendo alto, num lugar que deveria ser reduto de paz e tranquilidade,, onde descansam nossos antepassados. Um detalhe que não pode ser ignorado é que vilipendiar cadáver é crime e dá cadeia.

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