Menu
sábado, 20 de abril de 2024
Andorinha - Novos ônibus - agosto 2023
Andorinha - Novos Ônibus - Agosto 2023
Geral

União acena com solução e indígenas se comprometem em parar ocupações

07 julho 2016 - 09h05Notícias MS

Em poucos dias o Governo Federal vai dar encaminhamentos concretos rumo a uma solução para as disputas de terras em Mato Grosso do Sul. A promessa é do assessor especial do Ministério da Casa Civil, Renato Vieira, depois de se reunir com lideranças indígenas Guarani/Kaiowá na Governadoria, nesta quarta-feira (6).

Preferindo não entrar em detalhes sobre qual seria o caminho da solução, Vieira disse que encontrou ambiente favorável para a negociação de ambos os lados. “Há espaço para a construção de uma solução”, afirmou.

O encontro com os representantes das duas etnias foi antecedido por reuniões individuais com o Governo Estadual e com os produtores rurais, realizadas na terça-feira (6), na Governadoria e na Federação da Agricultura e Pecuária de MS (Famasul), respectivamente.

Vieira veio ao Estado em comissão, formada por integrantes do Ministério da Justiça, Casa Civil da presidência da República e Advocacia Geral da União (AGU) apontando o objetivo do Executivo Federal de resolver o conflito instalado na região Sul, mais especificamente em Caarapó, onde um indígena foi assassinado no mês passado, depois de mais uma ocupação de propriedade rural.

Na reunião com o Governo Estadual, o secretário de Estado de Governo e Gestão Estratégica (Segov), Eduardo Riedel, destacou que a única solução viável passa pela compra de terras para atender às reivindicação indígenas. “Estamos falando de propriedades que têm titularidade legal, muitas são da mesma família há gerações”, afirmou.

Durante a reunião, as lideranças indígenas se comprometeram em não realizar nenhuma nova ocupação na região de Caarapó. “Fizemos acordo por 90 dias”, contou o líder Guarani, Catalino Ramires, mostrando-se confiante com o resultado da reunião. A proposição dos indígenas de não ocupar novas áreas refere-se à região, principal foco de tensão na atualidade, e não se aplica, necessariamente, às demais áreas em conflito por ocupação.  Dados da Federação da Agricultura e Pecuária de MS (Famasul) dão conta que o Estado tem 110 propriedades rurais ocupadas por indígenas.

O procurador do Ministério Público Federal (MPF), Marco Antônio Delfino, acompanhou as reuniões com o governo estadual e com os indígenas e considerou que a ‘paciência’ é a virtude necessária para ambos os lados da disputa. “Do ponto de vista jurídico, não é uma solução direta, fácil”, disse, apesar de avaliar avanços na reunião. “Conseguimos avançar em dois compromissos: dos indígenas, em não haver mais ocupações, e do Governo Federal, em atender ao principal pleito dos produtores, que é a indenização”, apontou.

 

Deixe seu Comentário

Leia Também

2ª edição
Conferência Municipal discute propostas para consolidação do Sistema Único de Saúde
Operação Esculápio
Prefeitura diz que não foi informada sobre ação da PF
Corumbá
Seis animais foram resgatados e um homem foi conduzido por maus-tratos na Operação Abril Laranja
Incentivo
Ônibus será gratuito no dia de Concurso Público
Entrevista
Sonia Guajajara defende maior participação indígena nas políticas públicas
"Leão, amigo das crianças"
Moinho Cultural lança campanha para doação via Imposto de Renda
Artigo
Mulheres indígenas e suas lutas para mudar a história
Mudanças
Rodovias federais terão pontos de descanso para motoristas
Economia
Rendimento domiciliar do brasileiro chegou a R$ 1.848 em 2023
Turismo
Bonito Convention realiza sua primeira assembleia presencial após pandemia

Mais Lidas

4ª convocação
Atleta corumbaense disputa Pan-Americano de Basquete Máster no México
Em ônibus
Cão farejador identifica mala abandonada com 25,5 Kg de pasta base de cocaína
Plantão
Moradores do Centro América acionam os Bombeiros para conter Pitbull agressivo
Destaque
Plano de Combate a incêndios prevê instalação de 13 bases avançadas no Pantanal