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Turismo de natureza em família na Estrada-Parque

20 agosto 2019 - 07h32Silvio Andrade

Rios piscosos, fauna e flora em renovação depois do ciclo das águas, boas estradas e uma rede de atendimento formada por hotéis, pousadas, pesqueiros e áreas de camping. Um convite para conhecer o Pantanal da Nhecolândia, em Corumbá, uma das regiões do bioma com maior biodiversidade, integrada ao viver tradicional do homem pantaneiro. Um passeio ideal em família, sem pressa pela Estrada-Parque, observando o espetáculo da natureza.

Depois da cheia, que esse ano não foi intensa, a ponto de inundar a região e interromper o acesso, a vegetação se transforma em uma imensidão de cores, realçando os ipês amarelados e roxos, e os animais e aves se procriam, com os tuiuiús, ave-símbolo desse lugar, ensaiando uma dança em círculo nas alturas para se acasalar. Época propícia para avistamento da rica fauna, com grande chance de encontrar um casal de onça-pintada andando pelas savanas.

A boa conservação da Estrada-Parque, de terra, permite o tráfego de veículos pequenos, em toda a sua extensão. Antiga estrada boiadeira, aberta no tempo das expedições do sertanista Cândido Mariano Rondon, é interligada pelas MS-184 e MS-228, em conexão com a BR-262 nos dois extremos. Cruza a planície até Corumbá, mas o trecho atrativo (60 km) compreende o trevo com a BR-262, a 300 km de Campo Grande e 120 km de Corumbá, até o Rio Paraguai, no Porto da Manga.

Pesca de piranha nas pontes

No caminho, dezenas de pontes estreitas de madeira conhecidas como vazantes – por elas escoam as águas das cheias em direção ao Paraguai. Parada obrigatória para observar jacarés, lontras, tuiuiús, garças, gaviões e, claro, capivaras. E também pescar, sentindo a emoção de fisgar uma piranha, se que prolifera por aquelas águas mansas e transparentes. Uma boiada passando por ali, com seus peões e cavalos bem arreados, completa o dia do visitante.

Os atrativos e opções de lazer se multiplicam ao longo da estrada. Ao sair da BR-262, no trevo conhecido como Buraco da Piranha, um percurso de 8 km e se chega ao Passo do Lontra, uma comunidade formada por pescadores e catadores de iscas, com boa estrutura de hospedagem e pesqueiros, na beira do Rio Miranda. Para quem gosta de aventura, acampar é um programa que atrai muitos jovens. As áreas de camping abrigam até 150 pessoas, com diária de R$ 30.

Quem busca conforto, comodidade, sossego e atendimento diferenciado, o Passo do Lontra Parque Hotel é uma estrutura de madeira sobre palafitas ideal para grupos em família. Construído na beira do rio, cercado por uma mata de grandes árvores nativas, seus aposentos são em estilo chalé, interligados por passarelas, de onde se observa cardumes de peixes, quando o Miranda transborda, e voos de mutuns, gaviões, garças, curicacas e biguás.

Caminhando com os pássaros

O hotel tem estrutura para a pesca esportiva, com barcos, motores e guias locais bilíngues. Os passeios ecológicos incluem safari fotográfico terrestre e aquático para observação de aves e animais - macacos bugios, jacarés, tucanos e, com uma dose de sorte, a onça-pintada, cuja conservação tem o apoio dos fazendeiros e do trade turístico local. Para pescar não precisa ir longe: as plataformas flutuantes do complexo são uma diversão para as crianças.

“Estamos na alta temporada da pesca, mas grande parte dos nossos clientes são famílias, que buscam locais de maior concentração de fauna e flora e encontram aqui uma região preservada”, afirma a empresária Marju Azambuja. Segundo ela, a sustentabilidade da atividade permite um ambiente em harmonia com a natureza, com espaço inclusive para uma caminhada ecológica pela passarela flutuante de 2 km, ouvindo o cantarolar dos pássaros.

A gastronomia na região também é um atrativo pela sua variedade e sabor bem pantaneiro. Um prato de filé de pintado frito, com arroz e salada, custa R$ 50 para três pessoas. No caminho para o Porto da Manga são mais 40 km e muitas pontes. Serviços de emergência somente na Curva do Leque (entroncamento das MS-184 e MS-228), onde funciona uma borracharia e restaurante. A Manga tem estrutura para pesca e opções de hospedagem.

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