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Tiro que matou médica da Marinha entrou pela janela do Hospital Marcílio Dias no RJ

11 dezembro 2024 - 09h30Rafael Nascimento e Leslie Leitão, do G1

Uma foto obtida pelo G1 e pela TV Globo mostra a janela da Escola de Saúde da Marinha, que pertence ao Hospital Naval Marcílio Dias, no Lins de Vasconcelos, Zona Norte do Rio de Janeiro, com a marca do tiro que atingiu e matou a médica Gisele Mendes de Souza e Mello, nesta terça-feira, 10 de dezembro. 

A geriatra, que tinha 55 anos, participava de um evento no auditório do local quando foi ferida por uma bala perdida. Gisele foi imediatamente socorrida e levada para o centro cirúrgico, mas não resistiu e morreu horas depois.

Naquele momento, segundo a PM, ocorria uma operação no Complexo do Lins, a metros da unidade de saúde, para prender criminosos envolvidos em roubos de veículos na região do Grande Méier.

A corporação informou que os agentes foram atacados por criminosos na comunidade do Gambá. Ainda não se sabe de onde partiu o disparo. A região do Lins é cercada por 16 comunidades e é alvo de constantes tiroteios.

Gisele era superintendente de saúde do Hospital Militar Marcílio Dias, no RJ. Foto: Divulgação

Peritos da Marinha e do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) calculam que o tiro veio de uma posição acima do 2º andar, onde fica a sala em que a médica acompanhava a cerimônia. Segundo os investigadores, o disparo atingiu sua testa e se alojou na nuca.

Um fragmento da arma foi recolhido e há forte suspeita de que seja de uma pistola.

O corpo da médica passou por necropsia na manhã desta quarta (11) no Instituto Médico-Legal (IML) do Centro. Peritos da Marinha estiveram no local, mas não acompanharam a perícia feita por policiais civis. No entanto, eles tiveram acesso ao laudo.

Por volta das 9h, familiares de Gisele chegaram ao local. Um almirante da Marinha acompanha os trâmites burocráticos.

Gisele era superintendente de saúde do Hospital Marcílio Dias — o cargo é o terceiro em importância no hospital. O G1 apurou que ela estava prestes a virar almirante médica.

Gisele se formou em medicina na Universidade Federal do Estado do Rio (Unirio), em 1993, e se especializou em geriatria. Em 1995, entrou para a Marinha. Ela também foi diretora do Hospital Naval de Brasília (HNBra).

Gisele morreu no dia em que o filho mais novo completava 22 anos. O universitário Daniel Mello, que cursa Arquitetura e Urbanismo na UFRJ, usou as redes sociais para homenagear a mãe:

"De coração partido, mas com fé que Deus sabe de tudo, vai em paz, mãe. Que seus guias estejam contigo!".

O outro filho, Carlos Eduardo Mello, de 31, trabalha como assessor da vereadora Mônica Cunha (Psol). Amigos contaram que ele está "arrasado".

Missão humanitária

O servidor público Felipe Lacerda Mendes, de 46 anos, irmão de Gisele, contou que ela pensava em fazer faculdade de educação física, mas optou pela medicina por “gostar muito de prestar caridade e cuidar das pessoas”.

Ele lembrou também que a oficial fez um curso da Organização das Nações Unidas (ONU) para missões humanitárias.

"Ela chegou a fazer um curso de ajuda humanitária da ONU e tinha o desejo de atuar em alguma missão. No início do ano que vem, estava para sair a sua promoção para almirante. [A Gisele] estava aguardando isso para fazer essa opção por estar em algum lugar, algum navio da Marinha, para ajuda humanitária", contou o servidor ao jornal 'O Globo'.

De acordo com Felipe, a informação de que a irmã havia sido baleada chegou à família por meio do marido de Gisele, no fim da manhã. Ele foi comunicado pela Marinha. A morte da militar foi confirmada no fim da tarde pela instituição.

O irmão de Gisele lembrou ainda que os pais da militar, ambos com 85 anos, estão “desolados e arrasados”, da mesma forma que os filhos, que estão “tentando segurar a onda” para poder amparar o pai.

"Ela estava numa cerimônia do Corpo de Saúde, que é um prédio anexo [ao hospital] e, no momento da confraternização, a bala entrou. O pessoal só se deparou com ela caindo no chão e a poça de sangue na cabeça", contou Felipe.

"Acho que ela conseguiu cumprir esse papel [de caridade], vide as manifestações que recebemos dos colegas, como uma pessoa querida, sem inimigos, que as pessoas gostavam muito de estar junto".

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