Dois protestos contrários a demissões e terceirizações na Energisa, fornecedora de energia no Estado de Mato Grosso do Sul (MS), foram realziados nesta sexta-feira (7), pelo Sinergia-MS (Sindicato dos Trabalhadores na Indústria e Comércio de Energia no Estado do Mato Grosso do Sul). As manifestações ocorreram em Corumbá e na Capital do Estado.
A manifestação ocorre após a terceirização da agência comercial de Corumbá, que conforme o sindicato, gerou a demissão de quatro funcionários e vai prejudicar a população. Em Corumbá, o movimento iniciou às 8h, em frente à unidade comercial da concessionária de energia na Rua Frei Mariano, região central da cidade. Em Campo Grande, ainda mais cedo, às 7h30, em frente à unidade da Energisa na Avenida Calógeras. O protesto ocorreu pacificamente, e sem aglomerações devido a pandemia da Covid-19.
“A partir do momento que você terceiriza, você não prejudica somente a relação de trabalho, mas também o atendimento à população, as pessoas de Corumbá e Ladário que precisam desse serviço serão prejudicadas”, explica o presidente do Sinergia-MS, Elvio Vargas.
De acordo com o sindicato, a Energisa iniciou o processo de terceirização do atendimento comercial em Mato Grosso do Sul em março deste ano, com as unidades de Jardim e Nova Andradina. Na última semana, foi a vez de Corumbá.
“A população já reclama muito e está insatisfeita, com essa onda de terceirização a situação deve piorar. Estamos protestando para alertar as pessoas porque isso pode acontecer também em Campo Grande”, ressalta Elvio Vargas.
Em 2019, a Energisa liderou o ranking de reclamações no Procon-MS, com 2.346 registros no Estado.
Assista o vídeo em que o presidente do Sindicato, Elvio Vargas, afirma que todos os funcionários do atendimento da agência de Corumbá foram demitidos.
Demissões
Desde que o Grupo Energisa assumiu a concessionária, no ano de 2014, 900 trabalhadores foram demitidos, o que reflete na qualidade do serviço prestado aos consumidores. E a concessionária de energia elétrica já promoveu o desligamento de pelo menos dez trabalhadores no Estado desde o início da pandemia de coronavírus.
“No início de julho, a empresa demitiu um trabalhador com coronavírus, ele apresentou o atestado e a demissão foi mantida. Estamos tentando a reintegração, comunicamos a empresa, mandamos o atestado porque ele teve contato com outros trabalhadores do setor dele. Inclusive um desses trabalhadores é o supervisor do COD, que quase morreu, teve parada cardíaca, ficou entubado. Tem vários trabalhadores contaminados e ela demite assim mesmo”, denuncia a diretora do Sinergia-MS, Alicéia Araújo.
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