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Simulação de acidente com barragem de rejeitos mostra controle de segurança em Corumbá

29 agosto 2019 - 08h41Portal do Governo de Mato Grosso do Sul

Havendo rompimento da Barragem Sul, a maior da mineradora Vetorial em atividade em Corumbá, com capacidade atual de 800 mil metros cúbicos de rejeitos, o tempo de retirada dos moradores situados na faixa de destruição da lama e outros procedimentos de segurança, como bloqueio da BR-262, será de 19 minutos. Foi o que apontou a simulação de pânico realizada nesta terça-feira (28) na presença de vários órgãos de fiscalização.

Para o coordenador de Defesa Civil do Estado, tenente-coronel Fábio Catarinelli, a mineradora cumpriu sua meta dentro do Plano de Ação de Emergência para Barragem de Mineração (PAEBM), devendo corrigir procedimentos que apresentaram falhas, como falta de comunicação no momento de bloqueio da BR-262 e o não atendimento de alguns moradores do alerta de evacuação de suas residências. “O tempo de resposta foi abaixo do plano”, disse.

Lama de rejeitos percorrerá 8 km

A simulação de um acidente na barragem é uma das últimas etapas das condicionantes que as mineradoras de Corumbá – Vetorial e Vale – tiveram que cumprir por determinação dos órgãos de controle dos governos federal e estadual e também do Judiciário, após as vistorias técnicas realizadas em janeiro do ano passado. Nesta quarta-feira, a simulação será realizada na Barragem Gregório, da Vale, que opera com 9 milhões de metros cúbicos.

“A mostragem operacional do sistema de monitoramento e segurança das barragens é fundamental para que tenhamos a certeza de que, efetivamente, temos um controle da situação em caso de acidente para salvar principalmente vidas humanas”, explicou o coordenador de Defesa Civil do Estado. O tenente-coronel Catarinelli acompanhou o acionamento do sistema de alarme, às 10h15, da sala de controle da Barragem Sul.

Na BR-262, a 16 km de Corumbá, a lama de rejeitos atingiria 3,3 metros de altura em menos de 30 minutos após rompimento da barragem. Foto: Portal do Governo do Mato Grosso do sul.

Com as sirenes irradiando sons por um raio de oito quilômetros da barragem, os moradores do entorno se deslocaram para nove pontos de encontro, nas chamadas zonas de auto-salvamento, conforme treinamento realizado pela mineradora. Enquanto isso, equipes da Vetorial bloquearam a BR-262 em dois pontos – km 754 e km 752 -, com o apoio da Polícia Rodoviária Federal, a uma distância de 16 km do centro urbano de Corumbá e Ladário.

Em caso de rompimento da barragem, a lama de rejeitos percorrerá cerca de 8 km em duas horas, ultrapassando a rodovia e entrando no Pantanal do Jacadigo. Na passagem da BR-262, em pouco mais de 28 minutos, a lama atingiria a uma altura de 3,3 metros de altura, segundo projeções feitas pela mineradora. No caminho da mancha, moram 31 pessoas em dez residências. Um assentamento rural, o Urucum, fica distante cerca de dois quilômetros.

Envolvimento da comunidade

Ao final da simulação, os 34 representantes dos órgãos de fiscalização voltaram a se reunir no setor operacional da mineradora para avaliar o sistema operacional empreado. Concluiu-se que foi positivo, havendo, no entanto, necessidade de melhoria no sistema de comunicação interno e sinalização de alguns pontos e ainda maior engajamento da comunidade, onde há ainda resistência de moradores em não cumprir os procedimentos de segurança.

O diretor de mineração da Vetorial, Rodrigo Xavier, disse que a simulação foi um aprendizado e que as recomendações feitas serão atendidas com novos treinamentos e adequações no plano de emergência. “Todo esse procedimento é um desafio, buscamos, com essa simulação, ser o mais transparente possível. Temos que ampliar o grau de sensibilização, onde o morador tem que buscar o ponto de encontro independente se é uma simulação ou não”, observou.

Sala de controle operacional da Vetorial, situada acima da barragem: alarme acionado mobiliza a empresa para evacuar os moradores. Foto: Portal do Governo do Mato Grosso do Sul.

Além da Defesa Civil do Estado, presenciaram a simulação o comandante do Corpo de Bombeiros de Corumbá, major Luciano Alencar; o coordenador de Defesa Civil do município, tenente Isaque Nascimento; Luiz Mário Ferreira, Lisane Knauf e Diego do Carmo Brito, do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de MS); e representantes da Agência Nacional de Mineração (ANM), Ibama, Exército, Marinha, Ministério Público e mineração Vale.

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