A polêmica começa sempre no final do ano, porque o maior evento cultural de Corumbá, indiscutivelmente, o carnaval, começa no início do ano. Ocorre que devido a uma prestação de contas ter sido recusada, há cinco anos atrás, o Governo do Estado deixou de enviar o recurso que complementa a contrapartida do Executivo municipal há quatro anos. Desde então o recurso da Prefeitura que era em torno de R$ 11,200 aumentou na gestão de Paulo Duarte para R$ 20 mil, totalizando R$ 80 mil para os quatro cordões: Flor de Corumbá, Cinelândia, Cravo Vermelho e Paraíso dos Foliões.
Nesta quinta-feira, 22 de setembro, dois presidentes de agremiações conversaram com a reportagem do Capital do Pantanal e disseram que com apenas R$ 20 mil não há como desfilar em 2017 devido ao preço dos materiais que estão super inflacionados.
Segundo José Jarbas Duarte, presidente do Cinelândia, desde 1965 o cordão leva para a Avenida cerca de 160 pessoas, “é inviável falar que vamos desfilar em 2017 com R$ 20 mil. Na época do Governador passado ele perdoou parte das dívidas e repassou a ajuda, mas nos últimos quatro anos não temos recebido suporte nenhum”, disse explicando que , “se a coisa continuar assim os cordões carnavalescos vão morrer”.
Severino de Siqueira, está a frente do Paraíso dos Foliões há 83 anos, e também se lamentou da situação, “é necessário o perdão dessa prestação de contas que nos impede de receber ajuda do governo, porque não fomos nós que enviamos essa documentação e estamos prejudicados”, disse explicando que se não houver intervenção favorável na negociação, o Paraíso também não vai desfilar em 2017.