Um ano e meio depois de ser excluído do projeto da ferrovia transoceânica Atlântico-Pacífico, Mato Grosso do Sul volta a entrar na rota do ramal ferroviário – com extensão de cerca de 4 mil quilômetros -- com o “ultimato” dado pelo Governo do Peru para que a Bolívia seja incluída no traçado.
O projeto total prevê investimentos de US$ 50 bilhões e pode reduzir em até 80% o custo de transporte da produção sul-mato-grossense com destino à Asia.
Com a proposta de alteração do traçado, autoridades estimam que permitirá o transporte de 10 milhões de toneladas de carga para 2021 e 24 milhões de toneladas até 2055. Só os bolivianos movem mais de 8 milhões de toneladas de carga entre importações e exportações ao ano.
Um estudo da empresa Consultrans projeta que para 2021 esta nação andina mobilizará cerca de 15,3 milhões de toneladas de mercadoria.
Os planos para construir a linha férrea bioceânica projetam começar no Porto de Santos, passar por Corumbá e entrar na Bolívia por Porto Suárez, seguir pelos municípios de Santa Cruz, Montero e Bulo Bulo até chegar ao altiplano de La Paz. Em solo peruano serão cerca de 1,6 mil km de ferrovia.