Independente da classe social ou poder aquisitivo, a TV e o Rádio são itens de entretenimento e informação presentes na casa de quase que todos os brasileiros. Exatamente pela popularidade, são utilizados para veicular a propaganda eleitoral gratuita obrigatória no período das Eleições. Durante 10 minutos, candidatos dividem o tempo para expor suas propostas com o objetivo de conquistar o eleitorado. Um ótimo recurso, afinal todos são beneficiados: os candidatos, que ganham espaço sem custo para se comunicar e o eleitor que pode obter informações e decidir o seu voto com propriedade. Mas e a divisão do tempo do horário político, beneficia a todos os candidatos igualmente?
O Tribunal Eleitoral Superior (TSE) estipula que do “total de tempo da propaganda eleitoral gratuita em Rádio e TV, 90% é dividido entre os candidatos de modo proporcional à representatividade de seus partidos na Câmara dos Deputados. Apenas 10% é dividido igualmente entre os candidatos”.
A divisão do tempo com base na representatividade do partido na câmara federal, termina por beneficiar candidatos de partidos tradicionais já fortalecidos e, torna "invisível" os que concorrem ao pleito por partidos menores e com menos tempo de estrada. Afinal, a propaganda eleitoral gratuita na TV e no Rádio dura apenas 10 minutos.
O projeto de Lei 3751/20, tentou estender o tempo do horário político para 15 minutos este ano. A proposta era compensar as atividades tradicionais de campanha, afetadas pela pandemia. O projeto não foi aprovado, mas também não mencionava uma divisão igualitária.
A veiculação do horário político iniciou no dia 9 de outubro e será encerrado em 12 de novembro, três dias antes da votação. Em Corumbá, dos seis candidatos concorrentes ao executivo, um ficou “invisível”, sem oportunidade de apresentar propostas, dois receberam pouco mais de um minuto e um deles tem apenas 23 segundos para expor suas ideias de campanha. Os dois candidatos que receberam mais tempo na divisão, têm mais de 3 minutos para conversar com os eleitores através dos veículos.
O Capital do Pantanal conversou com os dois candidatos a prefeito mais prejudicados pela divisão, os chamados “invisíveis” do horário político, para saber qual a estratégia de cada um para conquistar o eleitorado sem o recurso dos veículos de comunicação de massa.

O partido da candidata Joseane Garcia, PRTB, não tem representatividade na câmara federal, e por isso a estreante não teve direito a tempo de TV e Rádio. Em declaração ao Capital do Pantanal, Joseane considerou que a “divisão desfavorece quem está iniciando na vida pública e deseja trabalhar com a renovação. Se não fosse a internet eu estaria a margem da política, nossa estratégia é conscientizar as pessoas de que o voto dura quatro anos e deve ser decidido com responsabilidade. Não uso fundo partidário, conto com apoio de voluntários e quero incentivar cidadãos a participarem da vida política”.

Anísio Guató, candidato pelo PSOL, teve direito a 23 segundos no horário político. O candidato afirmou ao Capital do Pantanal, que vai aproveitar ao máximo o seu tempo para falar de forma direta e potencializar a comunicação de suas propostas através das inserções de 30 segundos durante o programação dos veículos. “Para superar esse desafio de pouco tempo no programa da TV, vamos aproveitar os 30 segundos das inserções, onde podemos até repetir e explorar melhor o que foi dito no horário político”. O candidato também afirmou que não usa fundo partidário e que tem as redes sociais como aliada para se aproximar dos eleitores.
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