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Procon instaura processo contra a Vivo e convoca clientes para registar reclamações

01 novembro 2016 - 11h46Gesiane Medeiros

A operadora de telefonia celular mais utilizada pelos corumbaenses, a Vivo, está na mira do Procon da cidade pela falta de sinal registrada em pelo menos três dias desse mês de outubro, 19, 20 e 22, a rede de telefonia da operadora ficou indisponível, impossibilitando o uso para ligações, internet e qualquer outro serviço.

Segundo Andrea Ulle, diretora-presidente da instituição, desde 2013 o órgão notifica a empresa por maus serviços prestados à população, sem sucesso em um retorno positivo e efetivo. A ação que inicia hoje, 1° de novembro, no Procon, tem por objetivo reunir informações que comprovem o modo como o serviço de telefonia disponibilizado pela Vivo está chegando para os clientes. Durante 10 dias úteis, que termina em 18 de novembro, o consumidor poderá comparecer ao órgão para indicar as dificuldades que enfrenta por conta da falta de sinal, esses dados irão fortalecer o inquérito administrativo já aberto pela instituição.

Andréa Ulle, diretora-presidente do Procon, explica a situação da operadora Vivo na cidade. Foto: CDP  

Hoje, uma reunião com a presença de um técnico em telecomunicações e a gerente do sistema de licenciamento ambiental, busca relacionar dentro da unidade administrativa do município, quais solicitações e medidas que a Vivo realizou para obter melhorias. “Um problema já detectado, desde 2013 e evidenciado em 2015, é a interferência de sinal causado pela NuevaTel, empresa boliviana, solicitamos que eles apresentaram planos de melhorias, o planejamento foi apresentado, mas ainda não sabemos se eles cumpriram, Um dessas medidas é a implantação de um site sustentável (antena) para emitir um sinal melhor, porém somente no dia 16 de setembro de 2016, que a Vivo protocolou a solicitação de implantação, que é o primeiro estágio. Para tudo isso acontecer, não depende da prefeitura, mas de uma licença antecipada através do Comando da Aeronáutica, que avalia a implantação da nova antena, vai causar alguma interferência aérea”, explica Andrea Ulle.

A diretora-presidente do órgão afirma que estão em contato direto com a gerente Vivo da região Centro-Oeste, “quase que diariamente envio ‘prints’ da tela do meu celular inclusive, e de outros que chegam até mim, ela encaminha essas imagens para o setor de tecnologia e engenharia que acompanha o caso em Mato Grosso do Sul”.

É observado que os consumidores reclamam para amigos e nas redes sociais, porém não vão até o Procon oficializar o mau serviço prestado. O atendimento é rápido, dura no máximo cinco minutos, onde o cliente assina um termo atestando que as informações são verídicas, lista o principal problema e fornece dados pessoas, como nome e CPF. Com esses dados a ação do Procon passa a ter mais peso.

A Vivo foi notificada sobre o processo administrativo instaurado e tem um prazo de 10 dias para retornar com soluções para os clientes que se sentem lesados, em contrapartida o Procon está protocolando as reclamações que comprovam o maus serviço. “Nosso objetivo é que eles entreguem para o consumidor tudo o que oferecem, não queremos que chegue ao ápice do que já aconteceu este ano, quando o prefeito cassou o alvará de funcionamento da empresa”, diz Andrea, que indica ainda que em último estágio a Vivo pode sofrer uma sanção através de procedimento interno do Procon ou em conjunto com o Ministério Público.

Jorge Joades ficou por 2 horas ontem , 31 de outubro, aguardando atendimento pela central da operadora. Foto: CDP

Jorge Joades, cliente Vivo há pelo menos cinco anos, afirma que tem problemas com operadora constantemente, “ontem fiquei duas horas aguardando atendimento na central de atendimento, mesmo assim essa é a primeira vez que venho até o Procon formalizar uma reclamação. Meu pai está internado em Campo Grande e quando mais preciso do celular a linha cai e não funciona”.

 

 

 

 

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