Uma família palestina já foi identificada pela Polícia Federal como uma das beneficiadas de esquema baseado em Mato Grosso do Sul que falsificava certidões de nascimento para que estrangeiros se passassem por brasileiros. A prisão que iniciou toda a investigação aconteceu em Ponta Porã, no ano de 2014.
Na manhã de hoje a PF deflagrou a Operação Falsário e cumpriu cinco mandados de busca e apreensão em Campo Grande e em São Gabriel do Oeste, onde fica o cartório que operava o esquema.
Os delegados Cleo Mazzotti e Glauver Fonse de Carvalho detalharam parte da investigação. Segundo eles, em 2014 um palestino que não teve a identidade divulgada foi preso em Ponta Porã depois de dar entrada no processo para ter passaporte brasileiro.
Ele usou documento falso que constava que ele tinha nascido no Brasil. Ele foi detido quando buscava o passaporte. A partir daí o estrangeiro colaborou com a polícia e as investigações começara.
A PF identificou que outros três parentes do homem, que também nasceram na Palestina, conseguiram a mesma documentação falsa emitida pelo cartório de Areado, distrito de São Gabriel do Oeste.
Segundo o delegado Glauber, com a certidão falsificada, todos os outros documentos emitidos em solo brasileiro se tornavam de fácil emissão. “A partir do momento que a pessoa tem a certidão, o mundo se abre para ela”, disse.
Um funcionário do cartório já foi identificado como parte do esquema, no entanto, ninguém foi preso nessa primeira fase da operação. O palestino que colaborou com a PF está em liberdade, mas a polícia não confirma se ele a família ainda vivem em Ponta Porã.