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População protesta contra decreto que impõe fechamento de comércio em Corumbá

27 março 2021 - 10h52Mariana Conte

Comerciantes e empresários do município de Corumbá continuam preocupados e indignados com o novo Decreto do Governo do Estado e do Decreto Municipal que acompanhou o estadual de medidas restritivas com relação a pandemia e mais rigorosas para o comércio, ampliando também o toque de recolher.

Na tarde desta sexta-feira, 26, um grupo de comerciantes e empresários realizaram uma manifestação seguida de uma carretada pelas ruas da cidade protestando as novas medidas do decreto que proíbe atividades e funcionamento de serviços e empreendimentos em todo o Estado no período de 26 de março a 4 de abril.

Comerciantes e empresários Corumbá estão assustados com a medida e com receio do caos econômico que pode ser gerado em 10 dias de fechamento das suas atividades.

O autônomo Maurício Lourenço Leijoto Filho, um dos organizadores do protesto, disse que a classe clamam para que venham ser revogadas as medidas do decreto. “Queremos que o município volte no mínimo ao decreto anterior, com funcionamento até as 20h e após isso delivery. É uma reivindicação justa, porque não vamos aguentar um lockdow como esse. Temos empresas que já adquiriram dívidas com relação a 2020, e esse ano se continuar assim, com medidas como essa com relação ao comércio vamos abrir falência”, explicou.

Para o empresário Diego da Cruz Guerreiro o decreto com medidas duras para o comércio foi irresponsável. “Não pararam para pensar que isso é uma cadeia e que afeta muitas famílias. O empresário depende do dia a dia para manter o seu negócio e seus funcionários que por sua vez mantem suas famílias. Completamente desnecessária essas medidas que acarretar mais problemas como o desemprego. Vai causar um verdadeiro caos na economia”, ressaltou.

O empresário Marcelo Luczyszyu disse que o decreto atesta uma atitude de inconsequente. “Ano passado já sofremos muito com as demissões, o desemprego, com nossos encargos e em nada foi amenizada a bossa situação, e novamente estamos pagando o preço da incompetência, das promessas que fizeram e nos deixaram na mão. Estamos aqui porque o comércio não é o vilão da pandemia. O comércio está sendo penalizado por uma atitude incompetente do Governo e do Município. Tomamos todas as medidas de biossegurança para funcionar. Não podemos fechar porque dependemos disso para viver e mantemos o salários de outras pessoas”, salientou.

Em entrevista ao Capital do Pantanal na última quinta-feira, 25, o presidente da Associação Comercial de Corumbá (ACIC), André Campos o grande vilão da pandemia não é o comércio, e a medida vai acarretar no aumento de desemprego e em consequência o aumento da criminalidade. De acordo com ele com a nova medida 50% das vagas de emprego em Corumbá devem ser reduzidas. “Alguns empresários já estão até tomando a providência para futuras demissões, e isso vai prejudicar muito a economia do município. O Governo do Estado vinha numa linha bem controlada com relação a pandemia, mas essa medida com os empreendimentos foi radical, pois preparamos todo o comércio, com todas as medidas de biossegurança. O governo julga necessária essa medida, mas o grande vilão não é o comércio”, ressaltou o presidente da ACIC ao Capital do Pantanal.

Ele informou que 126 empresas no município de Corumbá fecharam de março de 2020 até o momento.

A carreata seguiu até a porta da casa do prefeito municipal Marcelo Iunes mas ele não compareceu para ouvir a poopulação e nem mandou representante. 

Decreto

Conforme o Decreto Municipal, que começou nesta sexta, 26 de março, fica permitido o funcionamento pelo sistema delivery, após o toque de recolher, de atividades consideradas essenciais pelo Anexo Único do Decreto Estadual, até às 23 horas, desde que com entregadores identificados. Excetua-se da regra os serviços de entrega de alimentos e medicamentos, autorizados a funcionar até à meia-noite.

Ficam interditadas praças públicas, orla do Porto Geral e sua prainha, permitido nesta apenas o embarque e desembarque de pessoas, bem como em portos privados. Açougues, mercados, supermercados, padarias, mercearias e congêneres estão autorizados a funcionar até às 20h, de segunda à sexta-feira, e até às 16h, aos sábados e domingos, mediante controle de ingresso no estabelecimento, respeitado o limite de 50% (cinquenta por cento) da capacidade total.

Também fica compreendido como serviço essencial, previsto no item 1.43 do Anexo único do Decreto Estadual nº. 15.638/2021, a hospedagem em barcos-hotéis, mas está vedada a operação de embarcações de esporte recreio com singradura de até 12 horas, que realizem passeios com o fornecimento de alimentação à bordo. As atividades com funcionamento autorizado deverão adotar as medidas de biossegurança já estabelecidas.

O descumprimento das determinações contidas no Decreto sujeitará a infração às penalidades legalmente previstas. Fica determinada a intensificação da fiscalização do cumprimento das disposições estabelecidas neste decreto.

 

Mariana Conte · WhatsApp Audio 2021 - 03 - 26 At 19.48.50

 

 

 

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