
Em pauta com o calendário da Confederação Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis (Cobrapol), que agendaram paralisação nacional no dia de ontem (21), ato que os Policiais Civis das regionais de Corumbá e Ladário não puderam participar por conta do feriado municipal de aniversário da cidade, realizaram hoje (22), no cruzamento das Ruas Frei Mariano com a Dom Aquino, no centro, protesto contra Propostas de Emenda Constitucionais (PEC) e Projetos de Lei (PLP) em tramitação no Senado Federal, além de revindicar melhores condições de trabalho, ajuste salarial e retorno do SIGO.
Policiais Civis panfletaram material explicativo em alerta aos malefícios que a classe terá de suportar caso os projetos sejam aprovados, assim como a extremidade do problema que enfrentam há mais de dois meses com o sistema integrado das policias, o SIGO, com dificuldades de operalisação e inoperante desde 11 de setembro.
O protesto é contra a PEC 241, PLP 54 e 204, que de acordo com Israel Leite Bogarim, diretor adjunto do Sinpol-MS (Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul), se aprovados prejudicarão toda a classe de servidores públicos, os projetos em discussão no Senado Federal buscam privatizar o Sistema Único de Saúde (SUS), terceirizar a educação pública, diminuir os direitos trabalhistas e reduzir os direitos previdenciários.
No nível estadual, Bogarin explica que os Policiais Civis estão com defasagem salarial, precariedade de viaturas e de materiais para investigações criminais. Além da paralisação do SIGO, que para a polícia é o maior prejuízo que a população encarra nos últimos dias. A dívida que era de R$ 1,7 milhão foi negociada para R$ 760 mil, mas ainda não foi paga e os policiais não estão conseguindo efetuar cadastro de boletim de ocorrência nem efetuar prisões já determinadas pelo judiciário, já que não é possível pesquisar mandados de prisão em aberto.

Em contato com Jaime Martinele, do Sinpol-MS (Campo Grande), além da preocupação pela aprovação dos projetos de lei e emendas constitucionais no senado, melhoria das condições de trabalho e reajuste salarial, “o número de prisões diminuiu muito, mas não porque a criminalidade sofreu uma queda e, sim porque não estamos conseguindo se quer registrar boletins de ocorrência”, evidência Jaime apontando que a eficiência da polícia está prejudicada e quem paga a conta é a população que fica sem segurança.
Segundo Jaime, o governo afirmou que o normatização do SIGO está em negociação e em breve o sistema será restabelecida, porém essa justificativa é a mesma há mais dois meses, quando o sistema começou a ter problemas operacionais. Na próxima semana, o Sinpol tem reunião marcada com representantes do governo para negociar as melhorias reivindicadas pela categoria.
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