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Polícia Militar Ambiental recebe prédio construído pela Justiça do Trabalho

22 maio 2019 - 12h52Flávia Ibanez

O Comando da Polícia Militar Ambiental visitou a obra do prédio destinado ao Projeto Florestinha, localizada ao lado do Pelotão da PMA, no Distrito de Nova Porto XV em Bataguassu. A obra, com 400 m², constituída de salas de aula, auditório, recepção, administração, cozinha, banheiros, alojamentos e varandas, foi planejada para atender até 60 crianças por período, sendo iniciada no começo do ano e será entregue no dia 31 de maio próximo. 

Por proposta da Justiça do Trabalho e aquiescência da Procuradoria, uma empresa foi contratada para a construção que custou R$ 450.000,00. Tudo foi planejado, entre a Polícia Militar Ambiental, Justiça do Trabalho e Prefeitura Municipal de Bataguassu, que se comprometeu em convênio que está sendo assinado, a adquirir toda a mobília e fardamento, bem como, com a assistência alimentar, psicológica e apoio ao reforço escolar aos atendidos, que será executado com os Policiais Militares Ambientais, no mesmo formato em que são atendidos os demais projetos no Estado.

O Comandante, Tenente Coronel Jefferson Vila Maior e o Subcomandante, Tenente Coronel Eduardo Haddad Lane da PMA estiveram na obra com o Juiz do Trabalho, responsável e idealizador da atividade no Distrito de Nova Porto XV, Dr. Antônio Arraes Branco Avelino, a Secretária de Assistência Social de Bataguassu, Ana Nely Castello Branco Sanches, em visita e também para o fechamento de detalhes do convênio.

Com mais essa Unidade, serão 680 crianças e adolescentes atendidos pelo Projeto Florestinha no Estado, que neste ano completará 27 anos de existência.

HISTÓRICO DO PROJETO FLORESTINHA, OBJETIVOS E TRABALHOS DESENVOLVIDOS

O Projeto Florestinha é um trabalho social e ambiental desenvolvido pela Polícia Militar Ambiental, o qual trabalha com crianças e adolescentes carentes de 7 a 16 anos, tirando-lhes das ruas, ou evitando que caiam nas ruas, dando-lhes a chance de ter uma profissão e ensinando-lhes a serem cidadãos com sensibilidade ambiental. O projeto iniciou-se em 23 de novembro de 1992, no município de Campo Grande-MS com 50 crianças, em instalações localizadas em uma reserva ambiental de 180 hectares, no bairro Jardim Presidente, denominada Matas do Segredo.

         No início recebeu a denominação de Guarda Florestal Mirim, que em convênio com o PROMOSUL (Secretaria de Promoção Social do MS) foi possível melhorar o atendimento das crianças. Além das aulas de Educação Ambiental, reforço escolar e treinamentos que eram ministrados por policiais, passaram a receber acompanhamento psicológico, odontológico, reforço alimentar, vale transporte e orientação profissional, que era feita por profissionais da Promossul, sempre em conjunto com os Policiais Ambientais.

         Em 2009 foram municipalizadas as ações sociais, passando a ser a parceria no projeto na Capital com a Secretaria Municipal de Ação Social-SAS.  Esta Secretaria desenvolve as atribuições a ela pertinentes, ou seja, contribuindo com funcionários da área de Educação e de assistência social, os quais proporcionam às crianças acompanhamento escolar e demais atividades educacionais, além de reforço alimentar. A Polícia Militar Ambiental contribui efetivamente com o aprimoramento do caráter, da disciplina e do senso de responsabilidade das crianças, ministrando-lhes instruções de Moral e Cívica e, especialmente, de Educação Ambiental.

         Em 1998, a partir de parcerias com Prefeituras e outros órgãos, a PMA pôde implantá-lo em mais 04 municípios: Corumbá, Três Lagoas, Bataguassu e Bonito, onde foi fundada pela prefeitura, a “Praça do Florestinha” de Bonito, localizada na Avenida principal daquela cidade, onde há uma estátua de bronze de uma criança fardada.

         Em 2006, em parcerias com as prefeituras de Jardim e Guia Lopes da Laguna foi possível implantar o projeto nestes municípios e atender mais 100 crianças. Em 2008 foi implantado com 200 crianças em Três Lagoas. Em 2009 foi implantado em Aquidauana e Anastácio, com mais 120 crianças. A ideia é atender 1.000 crianças em todo o Estado e, além de tirá-las das ruas e dar formação social e ambiental, também poder encaminhá-las profissionalmente. Em 2010 foi implantado o projeto em Coxim.

         Em abril de 2015, a PMA, a Secretaria Municipal de Assistência Social (SAS) e Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) iniciaram atendimentos para mais 60 alunos, em prédio novo, construído para o Projeto Florestinha. O prédio está localizado no Parque Estadual Matas do Segredo, onde as atividades do Projeto iniciaram-se em 1992, no Jardim Presidente possui espaço amplo e quadra de esportes.

         Também em 2015, o Projeto iniciou atividades em Costa Rica, com 50 crianças e, neste ano, as atividades começaram em Dourados, também com 50 florestinhas.

         O Projeto Florestinha é reconhecido pela UNICEF e foi homenageado pela Câmara Municipal de Campo Grande, com o prêmio “Ecologia e Ambientalismo”. Várias crianças que por ele passaram tornaram-se jornalistas, geógrafos, advogados, engenheiros e vários outros profissionais que reconhecidamente admitem a influência do projeto no encaminhamento de suas vidas.

         O projeto visa, entre outras coisas, a enfrentar o problema da marginalidade e da criminalidade crescente entre os jovens de bairros periféricos, uma vez que eles são expostos a essas mazelas da sociedade. A proposta é de não deixar que os atendidos pelo projeto venham a fazer parte dessas estatísticas. A educação, desenvolvimento artístico e cultural e recreação oferecida aos assistidos constituem as bases do projeto que, além de sociabilidade entre eles, cria também o significado de hierarquia militar e respeito ao próximo.

O Projeto Florestinha é um trabalho social e ambiental desenvolvido pela Polícia Militar Ambiental

         As crianças utilizam o mesmo fardamento dos policiais militares ambientais, inclusive, em alguns dos projetos são instituídas as promoções como na carreira militar (de Soldado a Coronel), tendo como critérios principais para alcançá-las, as notas escolares, comportamento e antiguidade no Projeto. As promoções são importantes para a autodisciplina. Ou seja, um Oficial não fará nenhuma coisa errada próximo de um patrulheiro de posto inferior.

         Desde o ano de 2001, as crianças desenvolvem nas escolas públicas e privadas atividades de Educação Ambiental, por meio do teatro de fantoches, com peças sobre vários temas ambientais, além de se apresentarem nos mais diversos locais do Estado de Mato Grosso do Sul. Realizam também palestras em forma de oficinas com os seguintes temas: Plantio de Mudas, com palestra sobre desmatamento, erosões e importância da flora, etc. Reciclagem de papel, com palestra sobre os problemas relacionados aos resíduos sólidos. Visitação ao museu de animais e peixes taxidermizados (empalhados), com palestra sobre fauna, pesca, atropelamentos de animais silvestres. Ciclo da Água, com palestras sobre o uso sustentável, poluição e escassez dos recursos hídricos). Casa da Energia. Trata-se de uma maquete de uma residência com todos os locais de consumo de energia (lâmpadas, chuveiros, ar condicionado, geladeira, micro-ondas etc.). Com esta oficina é realizada a discussão e informação sobre os tipos de energia e a importância ambiental de se economizar este recurso. Atualmente estão sendo atendidas 630 crianças em sete municípios.

 

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