Grupo intermediário de música apresentou composição autoral. (Assessoria Moinho Cultural)Por que crianças de 7 anos, tão cedo, precisam ouvir sobre um tema tão forte como o abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes? A resposta está nos números do Disque 100, programa de denúncia criado pela Secretaria Nacional de Direitos Humanos da Presidência da República, revelando que os casos mais frequentes ocorrerem exatamente nessa faixa etária.
“O assunto é forte, mas precisa ser abordado”, afirmou a Assistente Social do Instituto Moinho Cultural Sul-americano, Thayla Cuellar, no “Dia do Desafio”. “Usamos uma linguagem apropriada, mais lúdica, com desenhos, para que as crianças possam apreender sobre seus direitos e se tornem intérpretes criadores”, acrescentou.
O Instituto Moinho Cultural tem vertente na Garantia dos Direitos Fundamentais de crianças, adolescente e jovens. O Grupo Temático, que é uma das ações do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) do Moinho, teve sua conclusão com esse tema no “Dia do Desafio”, promovido entre os participantes dos níveis básicos e intermediários, da faixa etária dos 7 aos 17 anos.
Produções de cartilhas, coreografias de dança e músicas fizeram parte da mostra que reuniu a criatividade deles em torno do tema. Todo material, contendo as mensagens, ganhou uma exposição no dia da apresentação.
“O objetivo do Desafio foi empoderar as crianças sobre seus direitos, para diminuir a vulnerabilidade, os riscos sociais, porque elas estão inseridas em diferentes espaços da sociedade e podem estar presenciando essas situações”, destacou a Assistente Social Thayla Cuellar. “Lançamos este Desafio, como parte de um processo iniciado no começo do ano, com exibição de filmes, brincadeiras de roda, dinâmicas de grupo, e este é o fechamento”, acrescentou, ao lado do Educador Social Mauro Yukio Shiroma e da Assistente Social Mayra Toledo.
Integrantes do nível intermediário de música, com a supervisão do professor Emanuel Teixeira, criaram uma composição autoral com o título “Toda Criança merece ser feliz”. A composição é do monitor Jardel Waberth, ex-participante para quem o Moinho abriu as portas desde 2005. “No Moinho ganhei oportunidade de conhecer a música e aprender a tocar o violão, a viola, piano, bateria”, contou.
O Moinho mantém 280 participantes em aulas de música, dança, apoio escolar, educação ambiental, cidadania e tecnologia no contraturno escolar, e conta com patrocínio master da Vale, patrocínio da Cielo, parceria da J. Macedo, e tem como parceiros institucionais as Prefeituras de Corumbá, de Ladário e de Puerto Suarez, Bolívia.
Dia do desafio estimulou crianças a desenvolver criatividade e refletir sobre o tema. Foto: Assessoria Moinho Cultural?“Toda Criança merece ser feliz”
Composição de Jardel Waberth
Toda criança merece ser feliz, aprender coisas para poder sorrir.
Ninguém deve passar por abuso não, devemos tratar uns aos outros como irmãos,
dependendo da situação que você está.
Se alguém abusou de você é só falar, sempre vai ter alguém pra ajudar, ah.
Pegue o telefone e comece a denunciar, é só discar 100 e desabafar,
e começar a verdade falar, pode confiar e para alguém contar, ah.
Devemos proteger e acreditar, que um dia essa violência irá acabar,
e que proteger é sempre preciso, porque é isso que nos mantêm vivos,
dependendo da situação que você está.
Deixe seu Comentário
Leia Também
Seis animais foram resgatados e um homem foi conduzido por maus-tratos na Operação Abril Laranja
Ônibus será gratuito no dia de Concurso Público
Sonia Guajajara defende maior participação indígena nas políticas públicas
Moinho Cultural lança campanha para doação via Imposto de Renda
Mulheres indígenas e suas lutas para mudar a história
Rodovias federais terão pontos de descanso para motoristas
Rendimento domiciliar do brasileiro chegou a R$ 1.848 em 2023
Bonito Convention realiza sua primeira assembleia presencial após pandemia
Com mais de 13 mil inscritos; concurso público da Prefeitura tem provas no domingo, dia 21
