As mudanças feitas pelo Ministério da Saúde nas normativas de diagnóstico da Covid-19, estão em vigor desde o começo de agosto, porém somente agora, pouco mais de um mês depois, o efeito está sendo percebido. O número de casos está aumento fora da curva esperada, isso por que diagnósticos com base em sintomas e exames como raio-x e tomografias, estão sendo considerados conclusivos e, desta forma contabilizados nas notificações confirmadas. Antes, só se considerava um caso positivo após resultado do teste clínico ou rápido.
De acordo com o site Campo Grande News, a secretária-adjunta de Saúde, Christine Maymone, esclareceu que o aumento de casos será ainda mais explosivo em Campo Grande, já que na Capital, devido o número elevado de confirmações de infectados, as equipes estão mais habituadas aos sintomas e reações da doença.
“Vai ter aumento de casos porque sempre haverão números ainda não consolidados, mas isso é um processo normal”, afirma Christine. Segundo ela, com ampliação da forma de diagnóstico, a covid-19 segue o que já ocorre com outras doenças, como a dengue, por exemplo, em que não apenas os exames de sangue revelam e confirmam se uma pessoa teve ou não a doença.
A partir do momento que o governo Federal ampliou os critérios para as confirmações de casos de covid-19, foram emitidas orientações a todos os municípios, bem como nota técnica”, informou a SES (Secretaria de Estado de Saúde).
Tais critérios são: o clínico, que pode ser identificado com a simples observação médica, caso o paciente apresente sintomas compatíveis; o clínico epidemiológico, que é quando a pessoa tem, além dos sintomas, histórico de contato próximo com caso confirmado; o clínico por imagem, em que exames de tomografia ou raio-x indiquem quadro compatível com covid e por fim, os testes moleculares e sorológicos, que eram as únicas formas de diagnóstico até então.
A infectologista Mariana Croda, do COE (Comitê de Operações de Emergência) da SES explica, no entanto, que mesmo que o critério clínico esteja sendo adotado, Mato Grosso do Sul continua realizando os testes de detecção, principalmente em pacientes que porventura tenham vindo a óbito.
“Mesmo nos casos em que um atestado de óbito tenha saído como Covid, é preciso haver uma investigação do caso. É superestimado? É! Mas é preciso para colher o exame e ter certeza da cauda da morte, como sendo Covid ou não”.
Para Christine Maymone, algum alvoroço sobre o tema ocorre porque o novo coronavírus é uma doença nova, ainda desconhecida e cuja “história natural” todos estão vivendo pela primeira vez. “Isso é um processo comum na vigilância epidemiológica de várias doenças”, afirma.
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