Menu
terça, 18 de março de 2025
Andorinha - Vendas por WhatsApp
Andorinha - Novembro 2024
Geral

Microcefalia: exames detectam cálcio em lesões cerebrais de bebês

19 abril 2016 - 11h39Redação
microcefaliaUm artigo científico inédito de pesquisadores pernambucanos  foi publicado recentemente no British Medical Journal (BMJ), um dos mais importantes periódicos internacionais da área. A primeira autora é a neurorradiologista Maria de Fátima Vasco Aragão, professora da UNINASSAU - Centro Universitário Maurício de Nassau. O trabalho analisa exames de tomografia computadorizada (TC) e ressonância magnética (RM) de bebês com microcefalia cujas mães possivelmente contraíram o vírus zika na gravidez. A equipe fez comparações entre as lesões no cérebro deles e o que está descrito em estudos sobre as alterações encontradas em microcefalia causada por outros tipos de infecções congênitas. Nascidos entre julho e dezembro de 2015, os 23 bebês avaliados são atendidos pela unidade da Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD) em Recife, que fica sob a diretoria clínica da médica Vanessa Van Der Linden, segunda autora da pesquisa. A equipe identificou nos exames de TC e de RM, por exemplo, que todos os bebês tinham pequenas e múltiplas cicatrizes graves nas quais o cálcio se depositou, em uma localização preferencial do cérebro (na junção entre a cortical e a substância branca subcortical). A calcificação neste local é menos frequente quando a microcefalia não é relacionada ao zika vírus. Além disso, foram observadas múltiplas malformações nos mais comprometidos pela doença. O cérebro dos mais graves parece que havia parado de desenvolver, tendo um padrão bem simplificado. A publicação na BMJ reforça a importância do levantamento de indícios feito por Maria de Fátima Vasco Aragão com Vanessa Van Der Linden, junto de Alessandra Mertens Brainer-Lima, também docente da UNINASSAU, e de pesquisadores vinculados à AACD, Imip, Universidade de Pernambuco (UPE) e Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). É um marco, no entanto, ainda há muito que averiguar. “Nenhuma mãe do nosso estudo teve erupção no final da gravidez. Assim, podemos supor que, provavelmente, nesta doença, também, quanto mais cedo a infecção durante a gravidez, mais graves as lesões cerebrais e a microcefalia. No entanto, nosso estudo tem apenas uma pequena amostra (23 crianças)”, diz Maria de Fátima, exemplificando um dos pontos que devem ser visados por outros trabalhos. O artigo científico, intitulado "Clinical features and neuroimaging (CT and MRI) findings in presumed Zika virus related congenital infection and microcephaly: retrospective case series study”, está disponível no seguinte endereço: http://www.bmj.com/content/353/bmj.i1901.      

Deixe seu Comentário

Leia Também

Polícia
Câmeras, rádios e olheiros controlam as rotas clandestinas na fronteira com a Bolívia
Esporte
Inscrições abertas para o programa Bolsa Atleta de MS
Meio Ambiente
Edital seleciona empresa para coleta e reciclagem de óleo de cozinha em Corumbá
Política
Bira reivindica recuperação do sistema de iluminação pública do Corumbella II
Turismo
MS participa da Pesca Trade Show, maior feira de pesca esportiva do Brasil
Serviço
Motoristas com selo de 'Bom Condutor' recebem descontos em taxas no Detran de MS
Plantão
Bombeiros atendem três vítimas de trânsito em 24 horas
Tempo
Terça-feira é de calor, mas chuva pode cair
Corumbá e Ladário têm mínima de 24°C e máxima de 37°C
Luto
Morte de adolescente comove Corumbá
Serviço
Prazo para recadastramento obrigatório dos feirantes em Corumbá vai até dia 26

Mais Lidas

Luto
Morte de adolescente comove Corumbá
Polícia
Morador denuncia estabelecimento por som alto até a madrugada
Educação
MS Supera abre inscrições para preencher mais de 100 vagas remanescentes
Vigilância Sanitária
Corumbá e Ladário serão contempladas com Caravana da Castração para 1.800 animais