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Médico do HR encabeça pedido para Capital adotar protocolo de profilaxia da Covid-19 mas hospital recusa o kit

10 julho 2020 - 10h09Glaucea Vaccari do Correio do Estado

Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (MS), referência para a Covid-19 no Estado, não irá adotar protocolo de tratamento com medicamentos nas fases iniciais da doença e profilaxia medicamentosa aos trabalhadores da área da saúde. A informação foi divulgada em carta assinada pela diretoria do hospital.  Curiosamente, o pedido para que a prefeitura adotasse o chamado kit prevenção foi encabeçado por um médico do Regional, o nutrólogo e toxicologista Sandro Benites.

Na carta, diretoria afirma que é natural que a população como um todo façam questionamentos e procurem por uma solução diante da pandemia causada por um vírus ainda pouco conhecido e fatal, mas que a unidade não adotará medidas que não tenham embasamento científico.

“O mundo está envolvido na busca de uma terapêutica eficaz, porém, no presente momento, não possuímos terapêutica definida, apenas sabemos quais medidas de prevenção e suporte devemos implementar”, diz o documento. No entanto, o hospital irá respeita os “princípios bioéticos da autonomia, beneficência e não maleficência e da justiça”. A diretora-presidente da unidade, Rosana Melo, afirma que a Medicina é ciência e se baseia no método científico. “Assim, ainda, não temos verdades absolutas a respeito desta pandemia”, diz.

Os resultados que tiveram certa eficácia contra o coronavírus foram os dos testes in vitro, mas na fase de testes com humanos os medicamentos não demonstraram nenhum benefício para o tratamento ou prevenção da doença.  Apesar disso, os medicamentos, em especial a hidroxicloroquina, foram alçados a uma polarização e muitas pessoas têm pedido pelo uso. Dessa forma, o hospital deixou a critério do médico a prescrição, sendo necessária também a vontade declarada do paciente, devido aos riscos e efeitos colaterais de alguns dos remédios que fazem parte do coquetel.

“A prescrição é livre ao médico e lembramos que ao instituirmos o consentimento livre esclarecido o fazemos não na intenção de dificultar a prescrição e sim que, de acordo com tais princípios, ao valorizarmos o princípio da autonomia e sua concretude, no caso em tela, com o CLE retiraremos a supremacia do princípio da beneficência e acarretaremos para ambos (médico e paciente) a responsabilidade pelas decisões tomadas”.

Ainda segundo a diretoria do Regional, os médicos que não concordam com as prescrições terão a autonomia assegurada e, caso o paciente insista, o mesmo será transferido para o cuidado de outro profissional de saúde. 

Quanto a implantação de protocolo de profilaxia para os profissionais de saúde do hospital, uma pesquisa foi realizada e a maioria optou pela não implantação e, por este motivo, ele não será adotado para o corpo clínico.

 

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