O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), permitiu nesta quinta-feira (18) que o pecuarista José Carlos Bumlai cumpra prisão domiciliar, devido ao seu estado de saúde debilitado.
Bumlai teve sua prisão preventiva decretada pelo juiz Sérgio Moro, que chegou a permitir que ele cumprisse a medida em casa para o tratamento de um câncer na bexiga, mas após cinco meses ordenou que ele retornasse à carceragem da Polícia Federal em Curitiba, em setembro. Na ocasião, o magistrado alegou que os atestados apresentados para justificar a prisão domiciliar eram vagos e não traziam previsão de alta.
Moro levara em consideração também indícios de que Bumlai teria “auxiliado terceiros a subornar criminoso a fim de evitar que esse celebrasse acordo de colaboração premiada”.
A defesa de Bumlai recorreu ao STF para que ele cumprisse a prisão preventiva em casa, com tornozeleira eletrônica, em função de seu estado de saúde. Bumlai possui também problemas cardíacos. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, se manifestou contra a medida, com a justificativa de que, em casa, poderia dar continuidade a práticas criminosas.
Teori, de início, havia negado o pedido da defesa, mas agora reconsiderou sua decisão, permitindo que Bumlai aguarde em casa o julgamento de mérito sobre seu habeas corpus.
“O restabelecimento da prisão domiciliar do paciente é medida, mais do que adequada, recomendável, uma vez que visa a preservar ao mesmo tempo a integridade física do custodiado e mantém hígidos os fundamentos da prisão preventiva”, escreveu Teori na decisão, em que também determina que a 13ª Vara Federal de Curitiba remeta ao STF informações sobre o estado de saúde de Bumlai.
Em setembro, Moro condenou Bumlai, que foi apontado pelos investigadores como amigo pessoal do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva, a nove anos e dez meses de prisão, como consequência das investigações da Operação Lava Jato. Bumlai foi condenado por ter contraído um empréstimo, nunca quitado, de R$ 12 milhões no Banco Schahin com objetivo de usar o dinheiro para pagar dívidas de campanhas eleitorais do PT. Em troca, o grupo Schahin fechou um contrato de US$ 1,5 bilhão para operar um navio-sonda da Petrobras.
Deixe seu Comentário
Leia Também

Corumbaense Eduardo Melo é campeão e promessa do Sub-14 paulista

Clarão surpreende Corumbá e outras cidades de MS; hipótese é lixo espacial

Quase metade da população jovem de MS trabalha, mas não estuda

Órgãos públicos abrem vagas com salários de até R$ 11 mil em MS

Quatro em cada 10 brasileiros já foram alvo de fraudes pela internet
Corpo de Bombeiros atende cinco ocorrências em 24 horas de plantão
Destaques incluem colisão no Loteamento Pantanal, resgate no Porto da Manga e captura de pitbull

Mega-Sena sorteia prêmio acumulado em R$ 130 milhões
Temperaturas sobem e tempo estável deve marcar o fim de semana na região
Sábado e domingo devem registrar mínima de 15°C e máxima de 31°C em Corumbá e Ladário
geralEnergisa participa do Banho de São João com atendimento e sorteio de prêmios
Com unidade móvel, Energisa oferece palestras, troca de lâmpadas e sorteio de eletrodomésticos
