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Geral

Jorge Lara assume Chefia-Geral da Embrapa Pantanal

24 fevereiro 2017 - 12h29Embrapa Pantanal

Na terça-feira (21), o pesquisador Jorge Lara assumiu a Chefia-Geral da Embrapa Pantanal (Corumbá, MS). Com mais de 150 participantes, o evento teve a presença dos empregados, dos chefes-gerais da Embrapa Gado de Corte (Campo Grande, MS) e da Embrapa Agropecuária Oeste (Dourados, MS), de representantes dos governos de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e da Bolívia, membros da sociedade civil, setores produtivos locais, comunidades tradicionais, instituições de pesquisa, extensão rural e outros parceiros da Unidade.

“Entre os principais desafios e oportunidades para a Embrapa Pantanal está a integração do bioma de forma sistêmica. Além da pecuária como matriz econômica, temos muitas oportunidades pontuais que podem ser exploradas – o agroecoturismo, o mel do Pantanal e as raças naturalizadas como o cavalo e o bovino pantaneiro, por exemplo”, afirmou o chefe-geral. De acordo com Lara, o objetivo é fazer da Unidade um fórum de discussão neutro a serviço da sociedade. “Chegar a esse consenso é o desafio do século para o Pantanal”, disse.

Segundo o presidente da Embrapa, Maurício Lopes, a pesquisa deve avaliar e compreender os limites e o potencial da base de recursos naturais disponíveis nessa porção do País, unindo no processo as dimensões econômica, ambiental e social. “Temos que trabalhar as atividades produtivas de maneira inteligente para que não haja desgaste desse patrimônio do Brasil. Tudo isso é extremamente importante para que a Embrapa tenha uma presença cada vez mais consolidada e fortalecida aqui no Pantanal”, disse Lopes. “Vamos ter que intensificar o uso da nossa base de recursos naturais de forma sustentável, bem planejada, usando o melhor da ciência e do conhecimento. Essa é uma frente importantíssima”.

Atuação em rede

De acordo com Guilherme Lafourcade Asmus, chefe-geral da Embrapa Agropecuária Oeste, Lara buscou o contato com outros centros desde o início da liderança da Embrapa Pantanal. “Ele foi estabelecendo os canais e as ligações necessárias para que, ao assumir, ele pudesse estabelecer o que se propôs a fazer desde o começo: trabalhar em conjunto com as Unidades da Embrapa, na competência de cada uma, para contribuir para o desenvolvimento do Pantanal – um dos motes principais do seu plano de trabalho”.

Cleber Soares, chefe-geral da Embrapa Gado de Corte, destacou a presença de representantes dos mais diversos setores na cerimônia. “Isso mostra a importância e a relevância da Unidade e, mais ainda, mostra o reconhecimento da sociedade em relação à Embrapa Pantanal”, disse. “As expectativas são boas e serão respondidas a contento pelo perfil que o Jorge tem, por ser um excelente cientista, uma pessoa muito ponderada, muito equilibrada. A Embrapa precisa de pessoas com esse perfil”.

Apoio governamental

Para Fernando Lamas, secretário de Produção e Agricultura Familiar de Mato Grosso do Sul, “o Pantanal é um ambiente, dada sua natureza, cheio de desafios e, por outro lado, também cheio de oportunidades. Então, essa Unidade da Embrapa tem um papel dos mais estratégicos para o bioma e, consequentemente, para Mato Grosso do Sul e Mato Grosso”. Paulo Moura, consultor representante da Assembleia Legislativa de MT, completou: “a Embrapa Pantanal vai atender o bioma como um todo, auxiliando em muitas questões que afligem a região pantaneira”.

Representando o governo departamental de Santa Cruz, na Bolívia, o diretor-executivo do Centro de Investigação Agrícola Tropical (CIAT), Luiz Hurtado, destacou a atuação da Unidade no país vizinho. “O que vivemos na América do Sul nos une. Creio que as necessidades e investigações realizadas pela unidade de pesquisa pantaneira devem beneficiar ambos os países”. O professor Joaquin Ugarteche, da Universidade de Aquino Bolívia (Udabol), falou sobre a cooperação entre as instituições. “Trouxemos estudantes de veterinária para uma visita técnica à Unidade que já estão aplicando o que aprenderam nas propriedades rurais”.

Atores do Pantanal

O setor produtivo esteve representado por diversas instituições na cerimônia – entre elas, as Federações da Agricultura e Pecuária de MS e MT (Famasul e Famato). Para o tesoureiro da Famasul, Luiz Alberto Novaes, a evolução dos sistemas de produção mostra que é possível produzir com sustentabilidade. “Com o apoio da Embrapa Pantanal, podemos construir um ambiente de produção que favoreça a produtividade, a conservação e a qualidade de vida”. Luciano Leite, presidente do Sindicato Rural de Corumbá, reforçou: “vamos trabalhar juntos para o aumento da sustentabilidade, principalmente da pecuária pantaneira”.

A população ribeirinha da Associação de Moradores da Área de Preservação Ambiental (APA) Baía Negra foi representada pela presidente Julia Gonzales. “Com a Embrapa, construímos algumas oportunidades, como o acompanhamento técnico da nossa plantação agroflorestal. Vamos continuar com as parcerias”. O assessor regional do Projeto Gestão Ambiental e Territorial Indígena (Gati), Leosmar Terena, também falou sobre o trabalho com os indígenas Terena na região. “Muitos dos conhecimentos que estou aplicando hoje na minha comunidade são fruto dessa experiência com a Embrapa”.

Perspectivas da gestão

Sobre as expectativas em relação à atuação de Lara, Maurício Lopes destacou a importância da aproximação interna. “Gostaria que o Jorge olhasse para a grande rede Embrapa e percebesse nas nossas unidades parceiras importantes que vão agregar esforço à unidade pantaneira”, diz. “Isso vai fortalecer a liderança e a capacidade dele, da equipe de gestores e da equipe da Embrapa Pantanal, fazendo com que a gente possa fazer cada vez mais e melhor pelo bioma e pelo Brasil”.

Para Lara, aproximar os diferentes setores, unidades, governos e atores envolvidos com o Pantanal por meio dos dados técnicos produzidos com a pesquisa é mais um passo a favor do desenvolvimento sustentável do bioma. “Nesses 43 anos da instituição, a Unidade participou de diversos momentos cruciais para a região. Foram decisões importantes no sentido econômico e humano do Pantanal. Nossos pesquisadores fazem parte da sociedade pantaneira e, sem sombra de dúvida, a Embrapa Pantanal – junto às outras unidades – engrandece o corpo da Embrapa. Tenho orgulho de trabalhar aqui”, finalizou.

 

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