O nível da atividade industrial em Mato Grosso do Sul melhorou pelo quarto mês consecutivo e o indicador de evolução da produção já acumula alta de 26,3 pontos, demostrando recuperação da retração registrada no setor devido à pandemia mundial do novo coronavírus (Covid-19), de acordo com a Sondagem Industrial realizada pelo Radar Industrial da Fiems junto a 64 empresas no período de 1º a 14 de setembro deste ano.
Segundo o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, Ezequiel Resende, já é possível afirmar que a produção industrial retornou ao mesmo patamar anterior à Covid-19. “Recuperamos o mesmo nível de atividade industrial registrado antes de abril deste ano, quando teve ampliação das medidas de restrição à circulação e concentração de pessoas por conta da atual pandemia”, pontuou.
Ele informa que somente em agosto 85% das empresas industriais do Estado apresentaram estabilidade ou aumento na produção - 44% das empresas com produção estável e 41% com crescimento. “Comparando com o mesmo mês do ano passado, essa participação foi superior em 5 pontos percentuais. Com esse desempenho, o índice de evolução da produção fechou agosto de 2020 em 60,8 pontos, indicando crescimento de 10,7 pontos sobre igual mês do ano anterior e de 9,6 pontos sobre a média histórica obtida para o mês”, informou.
Sobre a utilização da capacidade instalada, o economista relata que também teve um aumentou na passagem de julho para agosto. “Em agosto, 70% dos respondentes disseram que a utilização da capacidade instalada ficou igual ou acima do usual para o mês. Já o patamar médio de utilização da capacidade total ficou em 75%, indicando aumento de 2 pontos percentuais em relação ao mês anterior. O indicador de uso efetivo em relação ao usual fechou o mês de agosto em 51 pontos, resultado 7 pontos acima da média histórica obtida para o mês”, detalhou.
Perspectivas
Com relação ao índice de expectativa do empresário industrial, Ezequiel Resende explica que, em setembro deste ano, 64,5% das empresas responderam que esperavam aumento na demanda por seus produtos nos próximos seis meses e, em relação ao mesmo anterior, o índice apresentou melhora de 1,7 ponto. Em setembro, 57,9% das empresas responderam que esperam aumento na demanda por seus produtos nos próximos seis meses, mas, para o mesmo período, 4,7% preveem queda e 37,5% das empresas acreditam que o nível de demanda se manterá estável.
A respeito dos empregados, em setembro, 59,7% das empresas responderam que esperavam aumentar o número de trabalhadores nos próximos seis meses, enquanto, em relação ao mesmo anterior, o índice apresentou uma melhora de 2 pontos percentuais. Ainda em setembro, 34,4% das empresas responderam que esperam aumentar o número de empregados nos próximos seis meses, enquanto 3,1% apontou que esse número deve cair e 62,5% das empresas esperam manter o quadro de funcionários estável.
No caso das exportações, em setembro, 58% dos respondentes disseram esperar aumento nas exportações de seus produtos nos próximos seis meses, enquanto o índice apresentou uma melhora de 3,6 pontos percentuais. Em setembro, 9,4% dos respondentes disseram esperar aumento nas exportações de seus produtos nos próximos seis meses, enquanto 1,6% acreditam que deva ocorrer queda e as empresas que preveem estabilidade para suas exportações responderam por 14,1% do total e 75% disseram que não exportam.
Sobre a intenção de investimento do empresário industrial, há uma melhora na passagem de agosto para setembro. “Em setembro, o índice ficou em 57,4 pontos, indicando aumentos de 1 ponto sobre o mês anterior e de 8,7 pontos em relação à média histórica do mês. O resultado reflete a participação somada das empresas industriais que disseram que provavelmente ou seguramente farão investimentos nos próximos seis meses, que alcançou o equivalente a 59,4% do total. Por fim, o índice varia de 0 a 100 pontos, quanto maior o índice, maior é a intenção de investir”, explicou o coordenador.
Índice de Confiança do Empresário Industrial
O Índice de Confiança do Empresário Industrial de Mato Grosso do Sul (ICEI/MS) alcançou em setembro 63,4 pontos, indicando aumento de 2,5 pontos, quando comparado com o mês anterior e de 7,6 pontos em relação à média histórica do mês. “A melhora na confiança deve-se, sobretudo, ao maior do otimismo do empresário com relação aos próximos seis meses. Somada também a percepção de que a economia está se recuperando, em especial pela melhora na avaliação das condições atuais da própria empresa”, reforçou o economista.
Ele completa que é importante ressaltar que a avaliação da situação econômica atual voltou ao patamar positivo após cinco meses, sinalizando que, na percepção do empresário, está cada vez mais claro que o pior momento da crise causada pela pandemia ficou para trás. Em setembro, 37,5% dos respondentes consideraram que as condições atuais da economia brasileira pioraram, no caso da economia estadual, a piora foi apontada por 32,8% dos participantes e, com relação à própria empresa, as condições atuais estão piores para 23,5% dos respondentes.
Já para 28,1% dos empresários não houve alteração nas condições atuais da economia brasileira, sendo que em relação à economia sul-mato-grossense esse percentual foi de 42,2% e, a respeito da própria empresa, o número ficou em 37,5%. Para 32,9% dos empresários as condições atuais da economia brasileira melhoraram, enquanto em relação à economia estadual esse percentual ficou em 23,4% e, no caso da própria empresa, o resultado foi de 37,5%. “Os que não fizeram qualquer tipo de avaliação das condições atuais da economia brasileira, estadual e do desempenho da própria empresa responderam igualmente 1,6%”, ressaltou.
Expectativas
Sobre as expectativas para os próximos seis meses, o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems informa que em setembro 6,3% dos respondentes disseram que estão pessimistas em relação à economia brasileira. “Em relação à economia estadual, o resultado alcançou 3,1% e, quanto ao desempenho da própria empresa, o pessimismo também foi apontado por 3,1% dos empresários”, informou.
Os que acreditam que a economia brasileira deve permanecer na mesma situação ficou em 28,1%, sendo que em relação à economia do Estado esse percentual alcançou 34,4% e, a respeito da própria empresa, o número chegou a 29,7%. “Já 64% dos empresários se mostraram confiantes e acreditam que o desempenho da economia brasileira vai melhorar”, ressaltou.
Em relação à economia estadual, o resultado ficou em 60,9% e, no caso da própria empresa, 65,7% dos respondentes confiam numa melhora do desempenho apresentado. “Os que não fizeram qualquer tipo de avaliação das expectativas em relação à economia brasileira, estadual e do desempenho da própria empresa responderam igualmente por 1,6%”, finalizou Ezequiel Resende.
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