Em 2024, o Brasil registrou o ano mais quente desde 1961, com um aumento de temperatura de quase 1°C em relação à média histórica das últimas duas décadas. Isso torna o país mais suscetível a queimadas, que se espalham rapidamente, como observado durante os últimos anos no Pantanal. Diante desse cenário preocupante, o Governo Federal estuda formas de incentivar a formação de brigadas locais como uma medida essencial.
A elevação das temperaturas e o aumento do número de queimadas exigem uma ação urgente e coordenada. Para isso, o Comitê Nacional de Manejo Integrado do Fogo (Comif) está analisando incentivos para a criação de brigadas locais compostas por pequenos grupos de pessoas treinadas. Essas brigadas garantirão uma resposta mais eficiente e ágil ao fogo, principalmente em áreas privadas, onde 85% dos focos têm origem. Além disso, o Governo Federal estuda novas punições para proprietários que não adotam medidas preventivas e registram focos de fogo de maneira consecutiva em suas propriedades.
A crise de 2024 tornou evidentes as dificuldades logísticas e de infraestrutura no combate às queimadas, tornando ainda mais difícil a resposta diante da piora das condições climáticas. Para enfrentar o desafio, poder público e setor privado devem colaborar de maneira mais efetiva entre si, pois a rapidez com que o fogo se espalha e a crescente gravidade do problema exigem uma ação imediata para evitar mais danos às áreas afetadas, como o Pantanal.
Brigadas comunitárias voluntárias
A formação de brigadas é um trabalho que a Ecoa iniciou nos anos 2000. O primeiro grupo de brigadistas foi estruturado na Barra do rio São Lourenço, a montante de Corumbá (MS), nos marcos de uma campanha anual denominada “Queimada Mata”. Hoje, o Pantanal possui mais de 50 brigadas, 23 das quais estão sob coordenação de André Siqueira, diretor da Ecoa.
O CASA (Centro de Apoio Socio Ambiental), o Instituto de Conservação de Animais Silvestre (ICAS) e o WWF Brasil apoiaram diretamente a formação e a equipagem das brigadas voluntárias no Pantanal. A SOS Pantanal é outra instituição que tem uma política de formação de brigadas de prevenção e combate ao fogo, atuando em coordenação com a Ecoa. Nesse processo, o suporte do Prevfogo/Ibama através de seu coordenador, Marcio Yule, sempre foi estratégico.
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