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Funtrab orienta os trabalhadores para uma nova realidade no mercado de trabalho, o Home Office

17 dezembro 2020 - 09h13Mariana Conte

Neste cenário de incertezas e com muitas mudanças na rotina dos trabalhadores, por causa da pandemia do coronavírus, muitas empresas implantaram o trabalho remoto, o Home Office, ou seja, tiraram os funcionários das empresas para trabalhar dentro das casas. No Estado são 63 mil pessoas em trabalho remoto, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad).  

Diante disto a Fundação do Trabalho de MS (Funtrab) orienta os trabalhadores para essa nova realidade. Essa modalidade de teletrabalho é uma prática comum em outros países, porém no Brasil tornou-se mais utilizada e evidente por iniciativa das empresas por causa das medidas de isolamento social, para evitar o contágio do Covid-19; essa medida foi uma ação rápida com intuito de proteger os funcionários. 

De acordo com o coordenador de estudos e pesquisas da Funtrab, Evandro Nassar, “apesar de ser adotado de maneira emergencial, o trabalho em modalidade Home Office poderá ser definitivamente adotado por muitas empresas no pós-pandemia. Não são todas as atividades que cabem em trabalho remoto, mas há muitas funções que podem ser perfeitamente exercidas de qualquer máquina com internet ”, declarou Nassar.  

Para executar todas as atividades de casa e se adaptar à nova realidade é necessário que o trabalhador tenha disciplina. Cabe ressaltar que as atividades em Home Office permanecem as mesmas, o que muda é o local de trabalho, as cobranças, metas, objetivos são os mesmos. É necessário que o trabalhador mantenha uma rotina com horários, um ambiente agradável, focar no serviço para que as metas sejam cumpridas, não deixar que a dinâmica do dia a dia influencie no trabalho. 

A operadora de telemarketing, Luciana Ferreira trabalha em uma grande empresa na Capital e teve toda sua rotina de trabalho mudada, está em Home Office, e busca se adaptar a essa realidade. 

Em seu depoimento Luciana relata como foi sua experiência: 

“Trabalho em Call Center para uma grande empresa de telefonia, e assim que fomos devastados por um monte de informações assustadoras por causa do coronavírus, o medo tomou conta de todos nós em nosso local de trabalho, certamente pela possibilidade de contágio, pois há um fluxo intenso dos mais de mil funcionários. O trabalho em Home Office veio como um cenário promissor para haver maior distanciamento e estar adequado às normas estabelecidas.  

Para tanto a empresa realizou várias medidas como: além dos dois horários de trabalho existentes, criou-se o 3° turno na madrugada, fomos realocados em espaços alternados, computador sim e não, máscaras foram distribuídas para o uso, ambientes e espaços de convivência (como quartinho do cochilo) foram lacrados, proibidos os contatos físicos, material de limpeza e álcool gel distribuídos em grande escala e obrigatório o uso, dentre outras ações. 

As mudanças ocorreram neste momento caótico, foi para nós a melhor solução, e ficamos empolgados com a novidade, na empresa só se comentava sobre isso, com questionamentos de como seria o formato. 

Houve um questionário, que foi elaborado para sondar quem estaria apto para o Home, com perguntas como: qual a velocidade de internet contratada, qual Windows, se tínhamos computador com capacidade de espaço de memórias adequados, espaço físico adequado, cadeira e mesa de acordo com padrões exigidos pela empresa. 

Após esta primeira sondagem, foi a vez da equipe de TI desenvolver ferramentas para que conseguíssemos acessar a plataforma da empresa remotamente.  E em pouco tempo, fomos contemplados com um Chip da empresa, onde recebemos um Token diária para acessos, instalar os programas, Apps e ferramentas, dentre outros. 

No primeiro acesso, recebemos suporte de supervisores, com uma Cartilha de orientações de possíveis dúvidas e dificuldades e uma equipe à disposição no 0800 para questões mais complexas ou de ordem de erro sistêmico. 

E logo tornou-se nossa rotina, e o formato foi sendo adaptado, novas posturas e condutas associadas conforme a necessidade de todos, com isso aprendemos a trabalhar juntos, com erros e acertos e se adequando a nova realidade necessária. 

Prós e Contras  

Inicialmente só se elencavam fatores vantajosos, tais como trabalhar no aconchego do lar, economia com o transporte, otimização de espaço e tempo de translado residência/empresa e vice e versa, resguardados de qualquer risco de contaminação do coronavírus, dentre outras. 

Hoje, há 6 meses em Home Office, percebo que há vários outros fatores que implicam, que para mim são importantes, tais como, o isolamento total, entro no quarto para o Home às 13h e saio às 20h.  

Não há nenhum tipo de interação, aquela rotina de conversar, trocar ideias sobre postura ou procedimento a ser adotado, compartilhamentos de casos, com experiências com clientes que ajudam na tomada de decisões, a utilização de toda capacidade de velocidade da internet, impedindo que outros familiares façam o mesmo naquele mesmo período, tira liberdade dos demais integrantes da casa, pois deve se recriar ambiente o mais similar possível da empresa, e ruídos domésticos para quem trabalha com atendimento ao público causa falta de credibilidade.  

As pessoas estão muito desconfiadas e com razão, já passei por situação de um espirro do meu marido ter feito a pessoa desligar, outra não confirmar dados por medo de não ter certeza da origem do atendimento, a ausência do respaldo físico de um supervisor quando é solicitado. 

Hoje percebo o quanto as pessoas precisam de outras pessoas, que aquela paradinha para o cafezinho agrega, aquela conversa rapidinha de corredor ajuda na tomada de decisão e o quanto somos frágeis. 

Precisamos sim do Home e se mostrou eficaz, porém precisamos muito dos relacionamentos, network e tudo que nos envolve e nos difere de sistemas e máquinas”.

 

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